quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

ninguém viu

Sim, eu poderia querer um desses modelos de vida normal, quantas vezes já quase não me entreguei a bossa nova?
Uma, no máximo.
Eu sei que ás vezes vem o coração falar que me importo muito com ele, e quando isso acontece já não se consegue muito bem diferenciar o que é o que.
Tem o blues programado que garante o segredo, o blues de improviso que sussurra no ouvido. Tem o Rock´n´roll clássico que entrega e o jazz que prepara. A baladinha que balança sempre que lembra e o Carnaval que me fez de simpatia.
O folk que leva e todos os outros que fazem chegar.
Mas a loucura é sempre a mesma que constroi meu filme, as frases feitas que compus um dia. Os momentos que de momentos viram emoção, tem o elo do que imagina e a verdade de quem fascina. A música de quem consegue e a confusão de quem nunca deixou de ser.
Mas acima de tudo, posso garantir uma coisa.
Não importa em qual galáxia ou nível espiritual você esteja,
se você acredita na música, você acredita no amor
e eles vão te seguir para onde você for.



droga, esses dias fora de casa estão me fazendo perder o nexo

domingo, 25 de janeiro de 2009

Por que isso de só saber lembrar quando esquece o que foi?
e esse caminho que leva ao que é certo sem saber como se erra
se não sabe que se erra é um erro?
e depois que sabe;
eu prefiro não resumir só guardar o que virá, mas e o que veio?
como eu faço, se sei que o que veio é pelo que já foi e se quero o que virá, tenho que abandonar o que já veio?
mas e se sei que o quero pode parecer não certo, vou então querer provar que o meu certo está sempre errado pra mim,
e que o errado pra mim é fascinante, e se cheguei algum momento a questionar minha existência, posso jurar que foi por culpa dele.


SP.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O brilhante trajeto de um homem feliz e solitário (my sweet lord)




pode ser o sentimento
o destino
o sentido.
pode ser o que grita que o fez gritar,
mas mesmo assim o fez.


contagiou metade de tudo
partiu para onde sempre sonhou
cantou canções que nunca cantou
e pode-se dizer que assim seguiu


quebrou corações que jamais consertou
olhou com olhares que combinou
jogou o que nunca aprendeu
e pode-se dizer que assim esqueceu


perdeu flechas como um perdedor,
mudou a rota do caminho que criou
improvisou acordes que nunca tocou
e criou mentiras que sempre acreditou.
pode-se dizer que mesmo assim, viveu.
leiam esse texto escutando essa música: http://br.youtube.com/watch?v=fQkylt8PX5g

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

a parceria que cria, nem sei fazer poesia (jackson)



a parceria que cria
quem cria?
os parecidos
os desconhecidos
os amantes que mentem
os estranhos que se conhecem
os olhos que se fecham
as bocas que se abrem
as línguas que se cruzam
palavras que se fecham.
quem canta, ou finge cantar?
quem sabe o que quer saber
quem somente movimenta
o movimento de se entorpecer
quem nem liga pra aumentar
o aumento que se faz dizer
mas quem vive, sabe viver?
quem esquece os olhos,
quem desliga o que acordou
e quem gosta de andar
pelo brilhante mundo que criou.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

retrato de uma mente autoritária

A insanidade é o refugio para as mentes atormentadas
loucura é a inspiração do corpo sã
a tristeza é o disfarce da revolta
a dor não passa de hipocrisia.
o momento é traição passageira
o céu,
quem falou de céu?
o viver se limita as crenças
as crenças criam mundos impróprios
quem pode crer nas loucuras?
quem pode crer no seu ser?

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

aceitável frieza (california dreaming)



de repente!
o que passou
mas só senti
com versos simples
melodias melosas
tão salvas quanto eu
e as vozes
que sabem ler e parar
quando rezam para o céu de futilidades
nem tão fúteis,
nem tão reais.
o movimento que sabe guiar
e me guia para onde quero
guia minhas mãos
leva minha mente
solto o que quero
no espaço que tenho
e que une pessoas certas
com vidas quentes
seja ele com cores vivas
ou esquemas gélidos de uma aceitável frieza sentimental.
leiam esse texto escutando essa música:

domingo, 11 de janeiro de 2009

o que há de haver (dream a little dream of me)





tão sutil
quanto a palavra em si
quem encanta
quem escuta
os olhos
olhando pra baixo
como a luz, que já se vai
mas antes de ir
passa e diz "goodbye"
e para, não há contradições
para cantar,
e olhando para baixo
sorrindo de lado
e tocando uma gaita desafinada
almeja o seu querido folk/blues
que há de haver com o que houve?
não há de haver nada
é sol o sol que já vai se despir
e a lua que nem pensa em se despedir.



leiam esse texto escutando essa música:


http://www.youtube.com/watch?v=ajwnmkEqYpo&feature=related


sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

(algo)

Acho uma covarde hipocrisia descrever a insanidade de maneira sã.
Acordo em minha invenções, vozes internas me contam o que criei,
duvido da realidade, suspeito de um conceito.
Passo para outra ordem, subo alguns degraus,
acordo, adormeço, adormeço, acho que acordo.
Invento, surge, crio
Acho que é garantia, mas não se confia
no desconhecido
mas ilusão de conhecer
é o que me preocupa.
Mas pra que preocupar?
os acordes já não podem mais terminar de forma tão intrigante quanto antes.

sábado, 3 de janeiro de 2009

a culpa é do blues



Sabe, sempre preferi os bateristas.
Pra mim não importava, podia ser o baterista que fosse,
pelo simples fato de ser baterista, subia um pequeno degrau no meu conceito.
Pequeno, por ser meu o conceito .
Até porque tamanho nunca foi o meu forte.

E eu não falo de alturas ou dimensões,
na verdade, poderia até dispensar,
mas não gosto de apagar palavras.

Deve ser por isso que os guitarristas me conquistaram,
e de uma certa forma,
tomaram o lugar dos moços com baquetas e blusas suadas.
Mas eu sei que a culpa é do blues,
a culpa é sempre do blues.
Aconteça o que acontecer.

Por ser tão banal quanto irreal
o fato de não ser
só uma nota,
mas o fato de crescer,
e talvez mais tarde, sentir

O coração já não interessa mais,
é que a muito tempo atrás, um desses bateristas me entregou o segredo
e eu, meio sem tamanho pra entender, resolvi esquecer.

A bateria é o coração da banda
O vocal pode se comparar a loucura,
o baixo de tão espiritual quanto eu,
é a alma da música.
E a guitarra?
Uns três segundos pra pensar,
mais dois pra calar,
a guitarra é o tesão da banda.

Palavra sem o mínimo de glamour, admito.
Mas com a total verdade que uma menina com o mínimo de tamanho possa reconhecer.


(isso soou groupie demais, merda)