quinta-feira, 30 de abril de 2009

no sentido que eu sinto

Em escala de grandeza emocional coloco no primeiro patamar. Em grandeza sentimental, não me sinto forte o suficiente para decidir. Ou em palavras mais claras, admitir.
Que expressões mais belas poderia usar?
Ah, se em palavras nem eu sei o que quero dizer.
Acho que palavras, palavras só fazem sentido quando se fazem sentir. Fora isso, o que teria de belo em descrever algo insensato e desconhecido?
Enquanto aos amores, tarados, despidos, apaixonados. Com quase uma lista perto da infinidade de definições declaro que seria o amor que me convém.

O toque de beleza é fundamental, seja ela a beleza em si ou algo disfarçado de prosa romântica. As portas se mantém fechadas e declarações só em afeto escondido. Andando nos cantos ou exibindo a vontade, sem pudor, seriedade. De modo que todas as melodias se encaixem e todas as palavras se façam presente.
Mentiras, desde que sejam românticas, serão mentiras. E sussurros pelos arrepios sentidos, em todos os sentidos ou desejos reprimidos.
Os meus amores são impossíveis. No sentido poético da palavra;

segunda-feira, 27 de abril de 2009

-

essas palavras que deixaram de ser paisagens
e hoje fazem tanto sentido
essas paisagens que hoje não são só amores
e esses amores que não são só lembranças
esses sentidos que fazem chegar
ao que se pensa ser
amor.
mas pode-se escrever sem o medo ,
então fica só e verdadeiramente completo
enlouquece
pelo sentido
e ficcional mente esquecido
pela moralidade.
sem moral, etiqueta ou compromisso,
é amor liberal e enlouquecido;

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ser ou não ser o que será?



- Eles concordam comigo!
Foi o que pensei quando liguei a TV e um programa defendia a inclusão da filosofia no currículo escolar de crianças no ensino infantil e fundamental. Eu, que em pleno primeiro ano repetido do ensino médio, tenho o desprazer de ser empanturrada ideologicamente por matérias inutilizáveis no meu ponto de vista, e mesmo assim, conformada com a falta de matérias (já obrigatórias) como filosofia e sociologia no meu dia a dia escolar, fiquei impressionada ao ver a diferença de comportamento das crianças que já conviviam com questões mais aprofundadas no sentido filosófico, das crianças que conheço e convivo durante minha vida escolar.


Um dos filósofos em pauta, declarou que uma criança em idade entre 3 e 7 anos ou 8 e 14 anos pode não ter capacidade de discutir Platão, Kant, Nietzsche, etc mas que tem total capacidade de ser estimulada a questionar suas perguntas diárias, que na minha opinião, são esquecidas por falta de estímulo.


É essa maneira óbvia, racional e direta de ver as situações que estraga o mundo de hoje. Está na hora de inovar, aprender a questionar, ousar pensar o novo, sentir a sensação do que não é considerado normal e viver de forma mais ampla e inovadora.

Pra mim está mais do que na hora de começar, e começar desde cedo a não ter medo de ser o que é. Ou não ter medo de não saber se é, se foi, o que será, o que vier.
Está na hora de mudar, e isso não sou só eu que estou dizendo.


Não sei como funcionarão as escolas daqui a algum tempo, mas no que depender de mim, o amor ao conhecimento prevalecerá em relação ao numero de acertos em meio a questões iguais para indivíduos diferentes.

E pra quem acha que filosofia só lida com a razão, vai aí o seu verdadeiro significado:

filos- traduz a ideia de amor
sofia - significa sabedoria


Filosofia, amor a sabedoria.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Entre elevadores e devaneios...


Num desses devaneios peculiares de pensamentos inúteis e repentinos, me veio um na contra partida do original:

"e aí, dou ou não dou tchau?"


Vamos analisar a seguinte situação,
você em um momento de alívio chega em seu prédio, abre a porta de seu elevador e num quase gesto forçado de solidariedade, segura a porta para seu vizinho. Desconsiderando cenas ao estilo 'vou não vou, entro ou não entro, sorrio de lado ou mantenho a séria compostura' , ele provavelmente irá entrar e agradecer tal gesto de humildade.


Parece simples, não?


Mas comigo é um pouco diferente, e caso você não seja meu vizinho, irei confessar agora mesmo o que acontece.
Dentro do elevador sofro uma pequena e curiosa tortura que dura cerca de quatro andares, durante esse gigantesco intervalo de tempo, desconsidero questões políticas e filosóficas e só fico a me perguntar se "dou ou não dou tchau"
É claro que vez ou outra a vida resolve ser bonita e o vizinho desce antes de mim. Porém, caros moradores, isso é raro de acontecer. E eu, eu que pago o pato.


3º andar. Chegou o momento da decisão final e considerando todas as questões e divagações ocorridas durante a subida de uma (ou várias) cordas puxando uma máquina que comporta geralmente 10 pessoas no máximo, chego a conclusão de que é melhor seguir meu instinto e deixar a espontaneidade me levar.


"Tchau", digo baixinho.

"Tchau", responde o passageiro de maneira simpática.


E ambos continuam suas vidas com a sensação de serem ótimos vizinhos.


Porém hoje me ocorreu a pergunta que mudou a minha maneira de ver o mundo (ou o prédio).

"Por que dar tchau?"

Se ao menos houvesse um diálogo, um diálogo sequer! Sobre o mar, o tempo, o Rock, o Lula!
Mesmo se fosse sobre o Lula faria sentido, mas sabe, não faz.


Então hoje decidi que a solução é me entregar a antipatia a responder sempre a mim mesma:

"Não Kika, você não vai dar tchau".


Com isso sairei do elevador com a péssima impressão de ser uma vizinha lastimável, mas com a bela e esperançosa certeza de ser uma pessoa livre. E falo isso com o auge do meu romantismo.


sábado, 11 de abril de 2009


"- Estamos vivos! - exclamou o Curinga, e estendeu com tanta força os braços que os guizos de sua roupa tilintaram estridentes. - Vivemos uma aventura maravilhosa aos olhos de um céu maravilhoso! Coisa estranha, misteriosa... podem acreditar! Vira e mexe dou um beliscão no meu braço para ver se tudo isso é verdade...

- E dói?- perguntou o Três de Ouros.

- Agora, cada vez que ouço um dos meus guizos, sinto que estou vivo. E eles tilintam, como todos sabem, ao menor dos movimentos."

O dia do Curinga. Jostein Gaarder.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Meu conto de fadas não-libertino.



Muito do que se esconde, não me pergunte onde anda meu romantismo,
escondido a sete chaves daquilo que não se pode fazer mas que só por isso,
não se para de pensar.
Mas o romantismo em seu auge, em cada nota, cada flor que sempre rejeitei,
cada palavra que nunca acreditei, era só disfarce.
Só que é cheio de faz de conta, de príncipes, Reis, Rainhas e lobo maus,
é cheio daquilo que nunca sonhei quando podia e no fundo,
mas bem no fundo não passa de romantismo infantil.
Pelas leis de felicidade, as mascaras de infidelidade fingindo liberdade,
pelas noites que sonham o dia, e aquilo que se esconde, mas que existe.
e que só o príncipe mais encantado dos contos de fada mais reais pode tentar libertar.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Que entre a corte, que corte seus medos!

Que na corte me faço presente,
a música típica me acompanha na época errada!
As feiras, sujeira tão agradável
quanto a flauta, alternações nos ritmos que sou!
Que beleza? Que arte que vejo?
Posso rir que não serei preso,
ou chorar que de fato continuarei
e aquele que me interromper,
que no corte, a corte se fez!
Se a beleza era mais bela,
se de belo nem o que foi
mas recito um ou dois versos,
para que cabeças não rolem depois!
Role, role
que rolem as cabeças,
não tenho medo de criar!
Meus pensamentos serão aceitos
como risadas um tanto mofadas
e chorarei com cara de bobo
e a alma mais que lavada!