domingo, 25 de outubro de 2009

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É tão desconcertante saber que aqui faço tudo que quiser!
Poderia criar mil reinos, fazer dos meus medos problemas pequenos,
aprenderia a cantar todas as canções bonitas do mundo e dançaria da maneira mais invejável !
Ah, pois aqui onde tudo é permitido! Não, nem pense em contradições!
Criaria fadas também, Reis, príncipes, gnomos! Veja como é belo o meu constante pensamento!
Mas de nada adiantaria, pois seu perfume continua longe,
o seu sorriso ainda não é só pra mim,
nem de perto conquistei o seu abraço
pelo fato de ser de todos um pouco seu...
Mas aqui a canção mais simples é só nossa
e por ser nossa passou de simples pra amor!
O meu amor é verdade incessante
e o seu amor, a resposta mais capaz!
Aqui tudo só existe pra nós dois,
não me envergonho, nem suponho
envergonhar!
O que quero sei que aqui eu posso ter,
não é triste como é triste quando vejo
o que faço!? o que faço?!
Nem aqui a loucura vai dizer
pois sou louca, enlouqueço
e está feito!
Dois tijolos, uma flor e meu amor.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

grito,grito,grito,grito,grito,grito,grito [...]

E se o tempo ficasse do meu lado
a certeza não seria tão exata,
e a beleza! a beleza! que beleza é essa crueldade!
os lugares, já não os olho tão bonitos
e bonitos na verdade nunca foram!
mas por que essa loucura me aflige?
nos lugares eu só vejo o seu rosto!

mas que maldade é tão feia, tão precisa
o que me salva é a beleza do amor
não é belo por bonito ou feliz
só há beleza por ser triste e sutil.

mas ninguém roga ou preza as palavras
e de longe até pensam em desprezá-las
quem no mundo entenderia o que eu sinto?
se as lágrimas já escorrem sem complexo
meu coração já não bate infeliz
só por falta, ou minutos, ou vontades
ele chora e atropela as escadas.

grito, grito, grito, grito, grito, grito, grito
grito, grito, grito, giro, alto, grito, grito
grito, grito, giro e grito sem gritar

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Aos personagens! ! ! !

Deliberadamente lhes dou vida
e com um ar depressa, meio de saída
insisto repetindo que fique!
Não sei se o conforto é suave
ou qual história é a causa de nada.
meus segredos vou lhe permitir,
passeie sem pressa,
até o texto sair!

E os rodeios,
a voz não se cala!
o livro é livre
você que trabalha!

O mundo é um sonho
e se penso em sonhar?
Não é tão normal!
Estou de volta ao meu lar!

Meu corpo habita.
o coração segue em frente
sangue invadindo o mundo,
palavras possuindo a mente.

sábado, 17 de outubro de 2009

ei, ei, o asfalto brilha em néon
cores vivas pra sorrisos
que se escondem sem razão!
as janelas já não falam
meus sentidos não respondem
o pensamento voa ténue
para um baile, inspiração!

a menina se encanta,
com a vida que pensou,
ei menina, não se iluda!
as cores brilham em néon

e que brilho me traduz?
que beleza brilha mais?
de humano se fez justo
da palavra, coração.

sábado, 10 de outubro de 2009

Se a tristeza vez ou outra se fez bela,
se do amor o que restou foi solidão.
Felicidade de tão feliz já foi-se embora,
em qual sentido que segura as minhas mãos?

Se minha raiva não é raivosa nem sutil,
e meus sentidos me seguram sem razão.
Se nem de leve eu proponho uma resposta
ou infeliz fez-se longe o meu perdão.

Mas que sentido se revela a loucura;
E que beleza é tão sóbria quanto diz,
é que o belo de tão falso fez-se droga
e a droga de tão triste disse 'não'.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Qual o podre mais podre do amor?

Não sei se te puxo, meu bem
te rapto e resgato sem nem explicar.
Você e meu ego, num discurso qualquer
e dançando, como os pecadores dançam no céu
como no inferno os justos planejam estar!

Mas reze, ajoelhe-se agora!
Pois se não provou o pecado
criarei dois para te satisfazer.
Pra sempre e momentaneamente.

Mente! Não minta pra mim,
responde, responda pra isto
e dois trilhos te sigo na pista
no auge de meu fervor narcisista.

E ele não cansa de ser!
E se tu ousar não saber!
E se num verso qualquer,
eu me declarasse a você?




( é não saber escrever)