quarta-feira, 27 de outubro de 2010

mais ou menos?

Quem criou o sentido?
Transvestidos de direção, ousam
impor a ética dos desesperados.
O obscuro é realidade! Os sussurros são minha verdade!

Vamos exterminar a lógica!


Os números só fariam sentido se soubessem dançar.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Lás


Estou perdida e tudo se move desesperadamente. Talvez encontre caminho nas dúvidas ou minha certeza guie os acasos. Trapos de lembranças ainda me perseguem e não sei em qual condição irei me salvar.
E quem precisa de salvação?

Por que não guiar minha existência, dançar com as canções e com os cosmos, inventar lembranças e criar experiências? Irei tatuar marcas de solidão e nelas enxergar quem me deu abrigo.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sou não somente o que expresso mas viro expressão. Tão complexo é meu sentido, como todo resumo é alucinação. Tranco-me e brotam em mim mil máscaras convertidas. Silêncio, silêncio, é preciso transes de transição.
Eufemismo pobre é explosão tão quieta. Minha. Sou só minha numa possessividade extrema. Por favor, divida-me!
Voltarei a mim mesma. É promessa.

domingo, 3 de outubro de 2010

A verdade do erro


Desde os primórdios da existência humana, somos estimulados a acertar. Independente da época, lugar ou sistema, o acerto sempre foi o objetivo central do homem.
Em contra partida é quase unânime a opinião de que a sociedade nunca acertou de fato. Levando em conta que o erro é o erro do acerto, o acerto seria o erro do erro. Esta constatação só leva a crer que devemos abaixar as bandeiras, inverter os paradigmas e reformular nossos conceitos.

Vamos estimular o erro!
Dois países entram em guerra porque sua ideologia é a mais certa, porque é evidente que o correto é conquistar mais territórios. Uma pessoa morre de fome porque alguém acertou mais do que deveria e a criança aprende desde cedo as artes da cola porque seus erros serão condenados.
Erro é arte! Desde sempre pintores e poetas tentam nos mostrar isso, representando em suas obras o inverso daquilo que é considerado normal ou fiel a realidade. Aceitando a verdade do erro, a sociedade evoluirá em grandes passos. Conflitos cessarão, marginalizados deixarão de serem marginais e dois mais dois poderá muito bem resultar em cinco com uma aceitação admirável.
Fica evidente que a oposição se revoltará e dirá que na constante busca do erro vamos acabar errando de verdade. Pois estão enganados; a lógica confirma que na intensa busca do que é errado, o acerto será uma falha recorrente.