sexta-feira, 29 de abril de 2011

Re(canto).


Ei, poesia!
se esconda você
nas minhas rimas, fotografias.

Ei, tragédia!
Se esconde nos versos

nos passos que o tempo tentou entender.
Turbilhões de estrelas transformadas
que caem nas sinfonias mais ousadas

em cartéis de alucinação.

Oh, tristeza

por que me garante tal beleza

obsessão de artista frustrado
criança sozinha e mal tratada.

Mas nessas avenidas
que escondo minha vida

as ruas tão vazias
que vagueia minha mente

tão saudável, tão doente

é distorcida

fosforescente.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Com laço

Uma explosão tão rápida
que as vezes se maltrata
e fica cansada de tanto explodir.
Mas parece tão fácil assim
olhar pro céu e alcançar
o mistério, tão curto
tão sério
que chegou a passar.
Num travejo, trovão!
Acabou de trovejar
onde estava eu?
Minha cabeça se escondeu?
Ou foi a pancada
que dei no tempo
e ele tão lento
nem percebeu
meu olhar.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ilumina a ação


Na música antiga que renova a inspiração
no sorriso mais sincero que a criança já sorriu
na profetização que tudo vai melhorar
na estrada do caminho que trilhei.

Na velocidade da luz que indicava quem tentou

quem sabe, na verdade poética que a tristeza já traçou.
No abraço da vontade disfarçada

nos beijos dos amantes de partida
nas risadas das irmãs e das amigas
no silêncio do depois que já passou.

No mundo balançante das palavras

na batida dos tambores das saídas

Não há entrada

não há mentira

não é só amor

é também o que constroi a vida.

sábado, 16 de abril de 2011

Onde começa o céu?

Ora imensidão surreal
construção abrangente
que assusta, põe medo na gente.
Ora pequenez estranha
de totalidade pouca
abstração triste e um tanto louca.
Mas que hora
chega a hora de acreditar
por os pontos nos tontos
que se põe a tratar
de um minuto que já criou.
Mas em qual tempo
há de haver o tempo
que de tanto tormento
acabou de passar?

domingo, 10 de abril de 2011

Os doze.

São doze sonhos,
doze histórias
doze risos.
São doces tempos
breve estrada
tristes gritos.
São tantas dores,
mil feridas
doze amores.
São muitos tiros
poucos anos
muito injusto
tão estranho.
Mas o céu,
acaso exista
acolherá.
São doze vidas
uma estrada
e um milhão de lágrimas partidas.


Poesia dedicada á:

Ana Carolina Pacheco da Silva
Bianca Rocha Tavares
Géssica Guedes Pereira
Karine Lorraine Chagas de Oliveira
Larissa dos Santos Atanázio
Laryssa Silva Martins
Luiza Paula da Silveira
Mariana Rocha de Souza
Milena dos Santos Nascimento
Rafael Pereira da Silva
Samira Pires Ribeiro

sábado, 2 de abril de 2011

Meus soldados

Vamos dar um passo largo
e olhar pro alto
Vamos eleger soldados
pra comandar o reinado
dos que já foram fortes
e hoje ainda sofrem.
Vamos abandonar o medo
e decifrar o enredo
de nossa própria indecisão
Vamos decidir as próximas
as últimas
as verdadeiras
Vamos eleger a música
e abandonar todo o resto.
Vamos comandar o belo
entortar o certo
ousar um pouco
e assentir com o todo.
Dá-lhe inspiração!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Roda gigante

A recaída vem com o cheiro
o rosto
o fim
a maldade.
Vem com o só
com o nada
o prazer de ter
prazer em sofrer.
Sofrer pra criar poesia
e perceber
em plena roda viva
que só pra isso
fez sentido.