Quase como um amante antigo que por mais que o tempo passe,
desloca-se por debaixo da cama, adormecendo ao som dos monstros, e dos demônios,
dá três pulos em cima do palco e coloca o bicho papão pra dormir. E assim,
grita não para chamar, mas para expulsar, energia pulsando que pulsa no mundo e
de uma forma ou de outra, faz ele girar. Manifestação de berros e kundallini,
yang possessivo, o Rock é sempre um suspiro.
Grito, berro, movimento, consolida e concretiza todo o chão,
todo o céu todo o resto. Entre cordas, pulsos e bebidas. Droga é o que se
esconde dentro de nós. Pedra sobre pedra, liberta, expurga, sussurra e
transcende.
Ah, o Rock. Há o Rock.