sábado, 31 de maio de 2008

Hoje tive um sonho e acordei sem saber se sou real. Acordei sem saber se acordei ou voltei a dormir. Sem saber se criei o que vejo ou se fui criada pelos que me vêem.
Se tudo faz sentido, ou se o sentido é a falta dele, e então? O que seria melhor?
Se me deprimo é por que o sonho seria sim, a melhor opção.
Mas no sonho entro em desespero por não conseguir acordar,
e acordada, por não conseguir sonhar.

é pote de ouro ou de mel?


Era o espetáculo preferido. Depois do sol e da chuva, surgia.
Os sorrisos apareciam pela individualidade e união das cores em perfeita harmonia,
a sutileza era suficiente e o seu significado era compreendido.
Mas ao virar-se umas para as outras, se viram sozinhas e resolveram se separar.
Como separar algo que já surgiu unido? Como separar algo que é tão belo e harmonico quando está junto?
A revolta foi grande, surgiram barreiras, as cores desbotaram aos pouco e o brilho se perdeu com o egoísmo. Cada uma por si, seria assim.
O sol sabia que não daria certo, quem nasce unido não se separa. A chuva sabia que o fim seria trágico. Desaparecer, evaporar.
Mas as cores não ligaram. Foram aos poucos se desbotando, se destruindo, se enfraquecendo.
Quando restou um breve e opaco brilho final, olharam umas para as outras e viram que já era tarde demais. O arco-íris tinha morrido , sozinhas não sobreveriam.
E a escuridão reinou por falta de brilho.



Kika

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Lei;berdade


Tava andando na praia e conversando com a Bibonga sobre as paixões em geral, o que inclui vícios e obsessões. Chegamos numa fase em que nada nos prende, a não ser a vida que levamos.

Virei pra ela e disse que quando chegamos a esse ponto, de não ter nada ou ninguém que nos prende, a não ser a nossa vida, podemos nos dizer pessoas livres.

Será?

Tenho vários amigos e amigas que estão apaixonadinhos, eles tem sua obsessão mas sabem lidar com isso. Tenho vários amigos e amigas que são correspondidos e vários que não são. Eu não tenho ninguém que me prende, mas ao mesmo tempo sou presa a todos. E aí? Seria eu uma pessoa livre?

Li uma vez num livro de filosofia sobre a teoria de ser livre, não lembro o nome do filósofo, mas ele dizia que ser livre não é fazer tudo que quer, e sim, fazer aquilo que te faz bem. Eu posso tecnicamente, até um certo ponto, fazer tudo que quero. Afinal, tirando os meus pais, não devo satisfação a ninguém. Acontece que muitas vezes nessa vida de "não sou de ninguém e faço tudo que quero", eu acabo me enganando, me perdendo e me machucando. Foram as raras vezes que pude usufruir da minha liberdade para conseguir algo que me fizesse realmente bem espiritualmente.

Enquanto isso meus amigos apaixonadinhos, sendo eles correspondidos ou não, passam por diversas provas de fogo e momentos de vazio e de inspiração que lhes fazem sentir bem por ter algum motivo para viver ou algum objetivo para alcançar.


É, cheguei a um ponto que vivo para viver, o que é completamente diferente de viver por viver.

Virei escrava da vida. Serva de mim mesma.

E vou seguir assim até conseguir me encontrar.

domingo, 25 de maio de 2008

Boa noite, nós somos a Revolução de Veludo


Ter certeza é uma coisa bem difícil. Eu particularmente não tenho certeza de quase nada, nem se vou tirar zero na prova de amanhã e muito menos se o que eu estou vivendo é real.

Mas isso não interessa, o que interessa é que ontem eu tive certeza do que eu quero pra mim, e isso me soou excepcional.

Aí eu acordo cedo, vou me preparar pro show, o mundo resolve ficar mais lento, o sinal demora mais a parar. Aí todas as pessoas que eu conheço me ligam ao mesmo tempo e a pecinha da bateria da Ju some. Os planos mudam, a gente se encontra no estúdio, chega atrasada na passagem de som e só encontra um cachorro gigantesco. A passagem de som sai uma merda e meu cabelo fica horrível.

Tá, mesmo assim a gente não desiste.

Assistimos pelo menos um pouco do show das outras bandas que estavam particularmente fantásticas. Cada uma com seu estilo, com a sua energia.

Nós iríamos fechar o show e já estava na hora. Subi no palco como entraria na minha casa (na verdade entrei bem mais feliz no palco), e fiz o melhor que pude. As meninas arrasaram sexymente e os rostos amigos na plateia me deram o melhor apoio do mundo. Devo 2/3 do show a eles.

Ver as pessoas cantando com a gente me trouxe uma energia muito boa, era como se tivesse algo me prendendo ao palco e dizendo com todas as letras "já era kikinha, agora que você subiu aqui, não desce mais".


é, e talvez essa voz esteja certa. talvez não, tenho certeza!


quarta-feira, 21 de maio de 2008

As tais duas estradas


Hoje tava no ônibus voltando pra casa e vi um cara sendo preso, depois o ônibus andou um pouco e lá estava outro sendo agarrado por um policial. Saltei e estava um outro ônibus parado com um carro de polícia do lado dele no mesmo lugar em que outro dia teve uma enorme briga de trânsito que parou a rua inteira e me vez dar quinhentas voltas para poder chegar em casa.


Cansada depois de intenso dia de estudo e trabalho (ham), tentei ligar a T.V mas desliguei, não aguentava mais ver essas merdas que acontecem todos os dias.


Desliguei a T.V ou talvez tenha fechado meus olhos. Fui até o computador pensando que atraímos cada vez mais violência por tentarmos combate-la com a própria e que se cada um abrassace a causa "all you need is love" poderíamos enfim viver em paz num verdadeiro paraíso com fadas rosas e pássaros azuis.


Acontece que infelizmente (ou talvez felizmente) não é bem assim que a coisa rola, que o bonde anda. Não podemos nem fechar os olhos para o mundo e nem sair por aí revoltados com tudo e com todos, quebrando qualquer barraquinha que vermos pela frente. E é aí que entra minha teoria das "duas estradas".


Provavelmente você já se apaixonou ou ficou bem afim de alguém. Pois é, eu também.


Várias vezes, inclusive. E nessas várias vezes , jamais desisti de alguém e modéstia parte, jamais deixei de conseguir quem eu queria por mais difícil que parecia ser. Porém, nunca deixei de viver minha vida por mais que quisesse me dedicar a este objetivo. E assim fica mais fácil, eu garanto. Se você conseguir, oba! Se não, pelo menos você tentou e em nenhuma hora deixou de curtir por causa disso.


E isso vale pra tudo, inclusive para o mundo de uma forma geral. Você tem que tentar encherga-lo como duas estradas em que você não precisa escolher uma, e sim, seguir as duas. A estrada da revolta, do movimento, e a estrada do amor, da paz e das coisas que você pode fazer para atrair mais harmonia para o mundo.


Dá próxima vez que for encarar um problema lembre-se das duas estradas.




é satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Os Beatles e seus efeitos alucinógenos


É, eu sei. Sei que você que viveu o auge dos Beatles, você que tem todos os posteres, vinis, Cd´s, Dvd´s e Vhs´s ou você que teve o privilégio de vê-los de perto deve estar pensando:

"o que essa criança que mal saiu das fraldas pensa que sabe sobre Beatles?"

Mas vou logo avisando que não estou desmerecendo seus vinis empoeirados ou suas experiências magníficas.

Apenas vou falar sobre o que os Beatles representam única e exclusivamente para mim.

Na verdade sempre foi aquela banda fofinha que dizia que queria segurar minha mão, os clipes em preto em branco onde balançavam de um lado para o outro e aquelas moças com seus vestidos de bolinha fanáticas pelos moços de Liverpool.

Até que eu cresci, e os Beatles começaram a mudar sua imagem diante de mim. Prestei atenção nas letras, nas mensagens e na sua ligação direta com a filosofia. Comecei a assistir seus clipes alucinógenos (quem já assistiu "Lucy in The Sky With Diamonts"ou "Tommorow Never Knows" sabe do que estou falando) e perceber suas músicas mais pesadas.

Descobri uma banda que estava sempre lá, e isso sempre acontece, quem começa a conhecer os Beatles de verdade não consegue não gostar. É tudo tão mágico, surreal.

Quando você descobrir os Beatles, vai entender o que estou falando.


E se isso não acontecer, ah, será uma pena.


domingo, 18 de maio de 2008

moço, sabe onde fica a saída?


Ah, felicidade é tudo. São aqueles sorrisos, os pontos que você faz durante a vida, aquelas horas que você ri para si mesmo e pensa com tremenda convicção "mandei bem". São os sinais abertos e a estrada livre. Um bolo que deu certo, uma noite de verão.

Eu sempre tento pensar positivo, ver o lado bom das coisas e rir do que deu errado.

(mentira, eu sempre fico arrasada, mas gostaria de rir.)

Só que aí eu me vejo numa sala vazia. É uma sala horrível, nela se escondem todos os meus medos, nela não há ninguém. Lá é frio, escuro.

Eu tenho que encarar uma pessoa que fala constantes verdades secretas olhando diretamente nos meus olhos. Eu não posso e nem tenho como fugir. Lá meus olhos se confundem com o silêncio e a escuridão. E falo as coisas erradas nas horas erradas. E lá eu não posso rir. Nem rir, nem chorar.

Então quero sair e não consigo.

Mas aí lembro dos sorrisos e dos bolos que deram certo. Penso nos dias de frio e nas noites de verão.

Lá no final vejo uma porta, enfrento um gigantesco corredor e consigo ler perfeitamente:

SAÍDA.


daí a abri-la ou não, é uma opção exclusivamente minha.




quinta-feira, 15 de maio de 2008

meu destino, baby.


É, eu sei. Sempre veio aqui dar uma de mãe Kika e prever o futuro, mas hoje vou logo avisando que futuro é diferente de destino. Meu futuro é ganhar o mundo com a minha banda, isso já é certo.

Mas e o destino?

Sim, hoje vou falar um pouco sobre ele.

Já cansei desse lance de amor a muito tempo, ah, amar alguém é complicado demais.

Isso de sair chorando pelos cantos, de sofrer, de virar submissa e dependente. De curtir um cinema e um sorvetinho e achar tudo lindo.

Eu vou virar groupie. Isso mesmo, correr atrás de banda, se pegar com eles dentro de banheiros e salinhas exclusivas. Não vou poder ter nenhum amor pela banda e vou ficar felizona ao sair de manhã dos hotéis.

Aí vou voltar pra casa, almoçar, dormir, malhar (afinal vou ter que estar sempre gostosona), e me preparar para o próximo show.

Excitante, não?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Os duendes e as aventuras da vida.


Hoje fui numa loja dessas que vendem chás, barrinhas de cereais e duendes e pela quinta vez não achei nenhum. O que me entristece bastante, afinal, logo eu que acredito tanto neles merecia ter ao menos um. Mas fazer o que? Tenho mais que agradece-los, se hoje sou a baixista que sou, reconhecida e aclamada mundialmente, é por culpa dos duendes. Sim, foram eles que roubaram TODAS as minhas palhetas e me fizeram desistir da minha carreira de guitarrista.

Isso sem contar com as aventuras da vida, não, não vou colocar a culpa nos duendes.

Sábado passado, estava eu pronta para encarar a tão sonhada e aclamada LAPA! Circo Voador, casa de shows que só me traz boas (excelentes) lembranças, muito Rock´n´Roll, insistências, desistências e é claro, carteirinhas falsas!

Estávamos nós, pequenos e confiantes pivetes, felizes por conseguir comprar seus ingressos, afinal, somos muito sapecas e malandros resolvemos entrar no tal show. Entramos e mais uma vez felizes nos abraçamos por sermos tão, mas tão espertos!

Não se passaram vinte minutos e cinco dos felizes pivetes foram expulsos. (isso sem contar com os outros dois que nem entraram). Com a tamanha solidariedade nos telefonaram avisando a tal ocorrência.

Eu e meu amiguinho que estava perto nem nos abalamos, afinal eramos grandes, fortes e muito, mas muuito malandros!

"documentos, por favor"

Abri a carteira na frente do segurança, de um lado minha carteira de 18 e do outro a verdadeira. Ambas IDÊNTICAS! Em um ou dois segundos, por falta de identidade ou CPF, virei uma menina que veio do sul, onde o pai que até o dia anterior morava em SP, veio para o Rio apenas para procurar meus documentos em uma estante imaginária.

Enquanto bolava meu plano mirabolante, meu forte e malandro amiguinho enchia os seguranças de porrada. Exaustos e convencidos com a minha história os seguranças nos renderam e além de nos colocar no camarote principal, ainda nos devolveu o dinheiro como pedido de desculpas.


Fantástico, não?

Agora, até que ponto essa história é real, cabe aos duendes dizer.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Nem foi tempo perdido;


Fugir do passado é quase que uma ilusão. Só não chega a ser ilusão porque isso é papel passado.
Mas a memória, nada mais do que tatuagens na mente e marcas na vida. Tudo que você é, é resultado de cada segundo que você viveu, cada atitude que você teve.
E então fugir do passado seria como fugir de si mesmo.
E revive-lo? Revive-lo também não.
Lembrar, desnecessário.
Esquecer, aceitável.
Apagá-lo? Impossível.

domingo, 11 de maio de 2008

oh, mother´s day


Venho eu aqui neste nublado e frio dia das mães divulgar o meu show do dia 24.

Seria isso um sinal de egoísmo, frieza ou quem sabe, brutalidade??

Não meus caros fãs e leitores, isto é na verdade uma intensa forma de agradecimento a minha mãe, acompanhem meu raciocínio:

Quanto mais pessoas forem no show, mais pessoas vão conhecer a minha banda e consequentemente gostar dela (não, não há a opção de conhece-la e não gostar), quanto mais pessoas gostarem da minha banda, mais pessoas irão divulgá-la, quanto mais divulgada, mais gente terá no próximo show, quanto mais gente no próximo show, mais seremos convidadas a fazermos shows, quanto mais shows, mais conhecidas ficaremos, quanto mais conhecidas, mais chances de uma gravadora nos descobrir, e a partir daí já ganhamos o mundo, ficamos famosas, ganhamos dinheiro e saímos de baixo das saias de nossas mães!

Moraremos sozinhas em verdadeiros paraísos onde teremos festas e bebedouros de cachaça todos os dias. Enquanto isso nossas mães poderão viver sozinhas e felizes sem filhas enchendo o saco, pedindo para sair todo final de semana e chegando em casa três horas da manhã vendo as mães ainda acordadas dizendo que por uma intervenção do destino, estavam sem sono.

Por isso peço encarecidamente a vocês, amigos fiéis e compreencivos, que compareçam sem falta no nosso show do dia 24. E não falo isso só por mim, levem em conta os bebedouros de cachaça e os dias nublados e cinzentos onde nossas mães poderão enfim, dormir em paz.






SHOW REVOLUÇÃO DE VELUDO + THE ALBIONS + PERESTROIKA + GARAGEIROS DO ABISMO!

DIA: 24/05

HORA: 18:20

LOCAL: AUDIO REBEL

VALOR: R$8,00


ingressos comigo!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

...

"No meio de cigarros e alucinações estava seu desejo encarnado em forma de cena.
e tudo entre o som que comandava o silêncio, de tal forma que ele não existia.
A paz era do lado de fora, experimentar o fato de desejar com a única desculpa de desejar algo para si, sem continuidade, sem fins para consumo geral.
o fim seria para consumo interno e isso parecia relevante ao extremo. relevante, porém irresistível.
E depois poderia seguir em frente e retomar a vida que um dia já havia achado emocionante, mas sempre iria querer mais e seria esse o maior problema. Agora que as coisas haviam mudado, literalmente da água pro vinho, não sabia como lidar. Como saber lidar com a evolução?
A melhora e o requinte a fazia se perder, afinal, lidar com a perda é algo comum, lidar com o fato de ganhar, é algo fatal."


Kika Hamaoui

terça-feira, 6 de maio de 2008

Ou não

e o que seria a paz além da vontade de te-la em seus braços,
o que seria de mim além da vontade de ser eu mesmo
o que seria de você se minha vontade não existe
existo pela vontade de existir,
leio pela vontade de ler
tenho pela vontade de ter
sou pela vontade de ser.




Kika.

Boa noite a todos.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Tribalismo

"eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também"

Hoje mesmo tava pensando nessa fase "tribalista" que todo mundo (ou quase todo mundo) tem, nesse lance de não ser de ninguém e de todo mundo ao mesmo tempo e ás vezes se deparar com um "eu" que você jamais imaginaria que existia. Nesse jogo de curtir o agora e só o agora, de achar que o prazer é coisa de momento e por isso abusar dele a cada minuto, sem desperdiçar uma só gota, um só sorriso. De querer todo mundo pra você mas fugir de todos que querem te ter, nem que seja um segundo.
Aí as vezes bate aquela crise existencial e você acha que o mundo acabou, que ninguém te ama, ninguém te quer. Mas aí é só ouvir uma musica que você gosta e começar a lembrar de coisas engraçadas que ficou tudo bem.

Sair por aí, arriscar, noites mal dormidas, ressacas, medo, insegurança, liberdade, ilusão, amor, desejo, paixões de verão, shows intermináveis e dias que nascem cada vez mais felizes. é essa vida que você e eu queremos pra sempre.
E se um dia eu me cansar, juro que te aviso.








http://www.youtube.com/watch?v=KHqPzhfuJ7Q&feature=related

vale a pena ver esse vídeo que retrata muito bem esse assunto. valeu, Bibonguinha meu amor! (:

domingo, 4 de maio de 2008

Correr riscos

É preciso correr riscos, dizia ele. Só percebemos realmente o milagre da vida quando deixamos que o inesperado aconteça.Deus dá-nos todos os dias – junto com o sol – um momento em que é possível mudar tudo o que nos deixa infelizes. Todos os dias procuramos fingir que não nos apercebemos desse momento, que ele não existe, que hoje é igual a ontem e será igual ao amanhã. Mas, quem presta atenção ao seu dia, descobre o instante mágico. Ele pode estar escondido na altura em que enfiamos a chave na porta, pela manhã, no instante de silêncio logo após o jantar, nas mil e uma coisas que nos parecem iguais. Mas esse momento existe – um momento onde toda a força das estrelas passa por nós, e nos permite fazer milagres. Às vezes, a felicidade é uma bênção – mas geralmente é uma conquista. O instante mágico do dia ajuda-nos a mudar, faz-nos ir em busca dos nossos sonhos. Vamos sofrer, vamos ter momentos difíceis, vamos enfrentar muitas desilusões. Mas tudo isso é passageiro e não deixa marcas. E, no futuro, poderemos olhar para trás com orgulho e fé. Mas pobre de quem teve medo de correr os riscos. Porque esse talvez não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem sofra com aqueles que têm um sonho a seguir. Mas quando olhar para trás – porque olhamos sempre para trás – vai ouvir o seu coração dizer: "O que fizeste com os milagres que Deus semeou nos teus dias? O que fizeste com os talentos que o teu mestre te confiou? Enterraste-os bem fundo numa cova, porque tinhas medo de perdê-los. Então, esta é a tua herança: a certeza de que desperdiçaste a tua vida."Pobre daquele que escuta estas palavras. Porque então acreditará em milagres, mas os instantes mágicos da vida já terão passado.
(Paulo Coelho)

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Mais uma dose?


Ontem a gente finalmente ensaiou e viu como está ficando foda. Vontade é uma coisa essencial e nesses últimos dias foi o que não faltou, a energia está muito boa e eu sei que tudo vai dar certo!

Depois eu e Ju fomos para o show do tributo ao Cazuza e revi um monte de amigos que não via a maior tempão, foi muito bom ver milhares de pessoas mandando o Brasil mostrar a cara e cantando com uma energia muito boa, como se a voz de público fosse a voz do Cazuza e como se ele estivesse lá no meio e dentro de cada um. Música, músicos isso tudo se mistura e se entende.

Em compensação a festa de anteontem foi péssima, pessoas que se importam mais com a marca do seu tênis do que com o que você realmente faz ou pensa. É nessas horas que a gente vê porque o Brasil não vai pra frente, as pessoas já se acostumaram com a futilidade e esquecem que por trás de tudo isso existe um país que está na merda e que se nós, os jovens, que somos o futuro dessa porra não pensarmos feito gente a tendência é piorar, é acabar.

Mas eu sei que a música pode mudar o mundo, e eu estou disposta a isso.


Viva Cazuza!

a noite nunca tem fim.