sexta-feira, 30 de julho de 2010

Refrão.


São pétalas, paradas como o fim de uma canção. Paro como a música que me espanta, caminho junto a estrada que me comove. Ser triste não é assim, como diria uma virtude. Se render a tristeza nos gera o prazer da surpresa e o desprazer de ser poeta. Pois num canto suave, canto pra espantar os vestígios perfeitos de um passado real. Coisa que um sujeito, coisa viva, coisa tal que respira tanto quando entende. E se por um acaso prende, acaba sentindo. O sentido que falta na ausência do entendimento de uma vida.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ou em azul, quem sabe.


Assim, como ser poeta só a luz da lua. Poeta que consegue palavras de amor, seja qual for o amor que ele vive. Porque poesia é transposição, ser alegre tarde, ser sutil ao dia. E nascem os versos quando se seguram as lágrimas, nossa tristeza é só inspiração. Seu manto quente, o quanto antes, sou atenta ao tempo. Que passos esperneiam tão bem um sujeito vulgo? Sujeito estranho, se entregou, virou estrofe. Não sai mais de casa, prendeu o dedo as folhas. Será um sonho, uma amada? Ou será a pena que sente pena, de um amor tão simples ser notificado.

domingo, 4 de julho de 2010

Nado por um mar cinza de testura grossa que me cega aos ventos, sem resolução. Um coração tão vasto se entrega as águas e terras estranhas são minha direção. Tão incapaz aos céus me parece o arco, passo por ele como quem não é. Pois ser algo certo nesta vastidão tão triste, é como pintar retratos numa vida antiga.