quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

:



Naquele momento eu sentei, estava tocando exatamente a mesma música que toca agora.
Por algum motivo ou outro, o ônibus tinha quebrado e bem nessa hora o sol começou a se por
na verdade o cheiro de floresta queimada não me incomodava muito,
meus óculos escuros cobriam os raios solares e a imagem se tornava nítida,
não só a imagem do que eu estava vivendo
mas a certeza de tudo que tinha vivido
não lembro se alguma lágrima resolveu escorrer,
mas isso não importa muito.
eu só sei que esse foi o momento
em que todas as imagens e sensações tomaram conta de meu corpo e mente
foi nesse momento que talvez eu tenha entendido pelo menos alguma coisa
ou foi exatamente essa a hora em que procurei não entender coisa alguma.
apenas me levantei, olhei para o sol que já estava quase iluminando outras ideias,
e decidi que seria esse o momento
o momento em que se eu me perguntasse se valeu a pena,
eu ia poder fechar os olhos e ter certeza que sim.



Desejo a você e a mim mesma, que 2009 seja repleto de momentos, que por não serem eternos, serão extremamente prazerosos.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A triste e frustrante história da mostarda greco-romana



Na verdade passei minha infância inteira sem ter como referencia o conceito "interessante".
Até o dia em que eu cresci. Cresci e e me dei conta que passei minha vida preferindo o catchup a mostarda, junto com isso percebi que sempre julguei as pessoas que preferiam mostarda a catchup muito mais interessantes.
Nietzsche, Einstein, Mozart e Goethe são só alguns exemplos.
Talvez com um ato quase que inconsequentemente inconsciente, passei a aderir a mostarda na minha vida. É claro que não abandonei o catchup, afinal, seria covardia demais negar um fator que me acompanhou durante quase toda a minha existência.
Sim, admito que sempre me senti um pouco culpada por gostar de catchup, e que nas festas infantis, enquanto o recreador me servia o cachorro quente e o palhacinho alegria cantava uma canção para a criançada, arriscava um "sem catchup, por favor."
E então saia com o meu cachorro quente sem molho algum, com a tristeza de não ter meu molho vermelho e saboroso, com a frustração de não ser um daqueles que preferiam o molho amarelado e curiosamente picante, mas com a falsa ilusão de ser alguém no mínimo interessante,e isso no sentido mais razoável da palavra.
Pois então vim aqui para alerta-los e somente isso. Pode ser que você me veja com uma mostarda na mão qualquer dia desses e é bom você ter consiencia, que mesmo que ela seja escura, alemã, italiana, greco-romana ou até quem sabe a verdadeira e original mostarda helmans (não, não é só a maionese), por mais que minha expressão seja de imenso prazer e minha conciencia de gigantesca satisfação, pode ter certeza, meu caro e quem sabe "interessante" leitor, eu ainda prefiro o catchup.



Deixo aqui o meu recado a você, seja você uma pessoa interessante e sensata ao ponto de ponto de preferir "o molho dos excêntricos", ou a você, meu caro, que assim como eu, será obrigado a conviver com o frustrante fato de ser sempre aquele careta tradicional que passará a vida optando pelo velho e cansado, catchup.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

penso se penso por pensar



passa de um lado para o outro como extremos disfarces de frustração, desejo e ansiedade.
se diz no direito de criar, e roda para poder começar.
mas sem começo, quando começou?
qual dos primeiros, e os primórdios?
quem criou?

o velho ditado, a suposta pergunta,
quem veio antes,
quem criou quem?

eu ou ele?
e por que ele?

não falo de algo divino,
quem sabe, muitas vezes
assassino.

mas se é essa a questão de existir,
a pergunta é respondida sem responder.

Penso se penso pra pensar ou vivo se penso por viver?

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

será que ainda somos aquelas velhas crianças de sempre ou a transformação nos obriga a fingir algo concretamente solto e vazio?

como muda, como passa
como é?
como ser?
transformar
ás vezes tão necessário quanto acreditar,
os sonhos não são mais os mesmos,
não são mais sonhos infantis
são sonhos maduros e repletos de infantilidade.


não são mais lembranças completas e experiências vazias,
são pedaços de algo que tem que ser,
pode ser algo que muda sem transformar
ou algo que se transforma sem mudar


mas nem ligo, no fundo, nem ligo.

sábado, 15 de novembro de 2008

P de Pecado


E o que é se perder?
Talvez uma busca insaciavel pelo prazer, um caminho rejeitado pelo campo comum das coisas.
Ou o comum que se perde, e feito uma estrada, chamada de pecado!

Mas quem são os verdadeiros pecadores?
Aqueles que pecam pelo excesso de vontade ou aqueles que a rejeitam apenas por parecer errado?
Se o nosso conceito de certo e errado está no auge da explicação eu não sei,
se a gente sabe o que está fazendo, sei menos ainda.
Até gostaria de saber qual é o verdadeiro motivo de tudo isso.


Mas na minha opinião, quando você sabe onde quer chegar, todos os caminhos são válidos.
Sejam eles de crença, ou de álcool.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Com ou sem gelo?


Não tem como não se apaixonar pelo Blues.
Talvez seja um fato indiscutível.
E só não uso a certeza como referencia, pois na minha opinião, blues não combina com afirmações.


Poderia dizer que é uma hesitação quase que natural da vida, mas diferente das direções sem um referencial específico, blues é saber o caminho sem saber ao certo onde se vai chegar. Ou até quem sabe, pode-se dizer, a certeza de onde quer chegar, mas a sutíl dúvida de que caminho tomar. Por isso então, ás vezes parar, pensar, voltar.


E então seguir na dúvida pra ver se dança ou se para, se ri ou resguarda o sorriso, a cantada; cantada, de cantar.


Entre dúvidas, divagações, embarques, desembarques, voltas e meia voltas,
entre gelo, wihsky, confusões e olhares.
Pra mim, Blues se compara com quase que uma fajuta perfeição, aos olhares de antes.


Olhares, passos lentos e firmes.
Diria com uma hesitação mínima, uma certeza quase por completa, um caminho então por pouco direto,


Rock é sexo, Blues é sedução.

domingo, 2 de novembro de 2008

e coisa e tal, e tal e coisa.


Sabe o que é, revoluções e loucuras a parte, hoje deu vontade de escrever sobre algo leve.
E que de tão leve quanto ironico, vou escrever sobre o amor.
Acho que já fiz isso antes, devo ter feito.


Mas que seja, vamos lá.
Todo mundo tem um primeiro amor, se comecei com o certo, ou se cheguei a começar, não vem ao caso.
É que estou ao som de "amor e sexo", resolvi brincar de comparar também.
Não como relações mas como aspectos filosóficos ou até humanos, quem sabe.


"o amor nos torna patéticos"


caiu como uma luva, e talvez seja essa a resposta a meu repreendimento próprio e egoísta em relação ao amor.
Como amar sem se tornar patético?
ahá! é pra isso que existe o sexo, em maneira "subtendida", o desejo.


Quem tem medo de parecer ridículo apenas por desejar? Desejar é normal, e você já começa o dia com ele, que seja por um fato decisivo ou um pão de queijo com café com leite.


Mas numa dessas reviravoltas momentâneas, já parei pra pensar.
E admito também, já pensei em parar.


Mas resolvi ficar por aqui, e nessas idas e vindas entre ser o que é e fingir ter o que não tem, a gente chega lá.
Mesmo que "lá" seja o auge do disfarce de um final feliz.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

democracia democrática de meu Brasil



Ás vezes me parece óbvio que a falta de bom-senso é completamente imersa na sociedade e principalmente no país em que vivemos, onde a falta de informação atinge a grande maioria da população.

O seu e o meu bom-senso são baseados nos princípios, crenças e informações que temos acesso, infelizmente isso só acontece com uma parcela extremamente pequena da população que pode ter acesso a boa educação com qualidade de vida, ou pelo menos, o mínimo necessário.


E em todas eleições, todos os políticos até hoje prometeram uma grande melhoria na educação brasileira, e fabulosos investimentos culturais.

Não tenho lá muitos anos de vida, mas agora com meus dezesseis recém formados, e com eles o nobre direito de voto, posso afirmar que nunca vi uma grande, ou até pequena melhoria ou mudança nesse e em muitos aspectos sociais.


Mas será que os nossos políticos tradicionais querem mesmo uma melhoria de acesso a informação a nossa classe baixa?

Com o acesso a informação, nosso povo não será tão brilhantemente manipulado como hoje em dia é. Com acesso a informação, e um pouco de bom-senso, nosso povo e a sociedade em geral poderia ter motivos mais concretos e objetivos para não votar num político que pressupõe mudanças reais, além de suposto homossexualismo ou uso de drogas por exemplo.


Os grandes líderes, sempre tiveram como um motivo de segurança, manter a massa alienada, e isso, meus caros, não é de hoje.

Por que então continuamos caindo na mesma história de sempre? Seria isso uma mania curiosa e particular do povo brasileiro de ver sempre o mesmo filme?


Será que já não está na hora de trocar o filme?

Ou o Brasil é subdesenvolvido demais para trocar o velho videocassete por algum dvd que preste?








O ruim é saber que nossos pais e parentes lutaram na ditadura para transformar o país em democracia e ainda assim, uma grande parte da população, tem receio de ir as ruas expressar o que pensa e o que sente. Temos que lutar para transformar nosso país não só no que ele pode ser mas principalmente no que ele diz ser.

Nesta sexta feira, ás 12h conto com a presença de vocês na passeata de protesto pró-moralização democrática! Não tenham medo, vamos cobrar o que é nosso por direito!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Mas no fundo é só por isso, essa loucura, insanidade
e o que é ser louco?
Essa loucura, e como já disse; disseram:
genialidade!
Pois então, quando se é louco, é genio também?
ou melhor, quem sabe, quando se é genio, ora ora, és louco!
mas o que não sabem, nem sabemos
é que a loucura faz parte de você
você pertence a loucura, e se ela te rapta, resgata
pra dentro, pro fundo
pra fora, que saia!
mas não volte, se voltar
o que é? o que será?

que seja, se deixar. fechar os olhos, com eles as portas
desligar o que comanda e deixar de comandar,
só pra quem sabe, saber, ousar!

mas se lá dentro, descobrir,
vou lhe dizer, o que já me disseram
não acreditei.
descubra! descubra!
é o recado que deixei

domingo, 19 de outubro de 2008

foi bom enquanto durou


E a mais ou menos um ano atrás, estava eu, uma jovem mocinha de quatorze anos, assoprando as velinhas e dando as boas vindas aos meus quinze anos.

Quinze anos. Uma idade que vou guardar com um carinho especial. Especial por ser uma idade de descobertas, aventuras e repleta de primeiras vezes.

Acho que é uma idade que soa bem e que me trouxe experiências inesquecíveis.

Fico triste em final de novela, em fim de ano, e assim que as bandas anunciam o término dos shows.

Talvez seja uma nostalgia momentânea que me invade por alguns segundos e que por uma questão de etiqueta sentimental, insisto em mandá-la embora.


Mas eu já disse aqui que o verdadeiro espetáculo só começa quando o show acaba.

Então vou fazer assim, os quinze anos fizeram o show, e os dezesseis serão os bastidores.


Que venham em grande estilo!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

as flores de plástico de não morrem


"Eu busquei felicidade muito tempo de minha vida-agora eu quero mesmo é alegria. Alegria é como sexo; começa e acaba. Eu quero prazer. Eu quero estar contente-mas felicidade? Parei de cair nesta armadilha."



A bruxa de Portobello

terça-feira, 7 de outubro de 2008

  • É que ás vezes me vem aquele pensamento de que o mundo pode acabar amanhã, e que se não por inteiro, que seja só o meu ou o seu.
  • E aquilo de se amar como se não houvesse amanhã, e se não houvesse amanhã poderia ser o que quer, fazer o quiser. e aquele medo mais covarde que é o medo de tentar;
  • e por que é esse que mais nos aflige?
  • acho que o que falta e que falta faltar é essa responsabilidade de ser o que os outros querem, é a vontade de fazer para ser visto sem ao menos ter a vontade de se enxergar.
  • e se por acaso, te disser, ou fingir, iludir
  • mas jamais, e no máximo poder da palavra, jogar seus sonhos no chão, suas vontades no lixo.
  • e é dessa certeza que precisamos,
  • pois eu digo, e repito quantas vezes for preciso;

o amanhã não existe. pois então viva o hoje antes que ele se torne real.

domingo, 5 de outubro de 2008

ontem, hoje e sempre seremos


Talvez seja uma ruptura de falta de costume misturado com o nível nulo de bom senso.
E quem sabe os sentidos estejam mesmo faltando?

Quem sabe o barulho seja escutado no verdadeiro silêncio e os olhos só enxerguem luz na total presença da escuridão?

Ou há quem diga, também, por exagero, por iluminação presente, por chuva quente, por noite fria.
Por lágrimas adocicadas e ondas salgadas que se revezam no vazio dos pensamentos repletos de irreverencia e perseverança.


Mas que seja pela ganancia, ilusão de poder, fato de vingança.
Seja pelas noites agradecidas e mal dormidas, por respostas a seres vencidos, e que seja só por ser, que seja!


E quem liga pra motivos?
Apenas ser, apenas mudar, transformar, rir, vencer.



E deixar pra trás os sentidos já depositados de raiva, frustração, vingança, humilhação.
Aceitar tudo pelo simples fato de serem humanos, os seres humanos.


No sentido mais pejorativo da palavra, claro.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Um clipe sem nexo,


Ás vezes dá uma vontade louca de se entregar a bossa nova.
Mas largar o Rock´n´Roll?
Ah, seria pretensão demais. Seria como trocar a liberdade do corpo pelo aprisionamento do coração.
Ou como esquecer o nascer do sol, com reflexos de fumaça e distorções da noite anterior.
Como se jogar tudo isso no lixo fosse fácil, e como se o por do sol no arpoador fosse tão simples de se fascinar.
Mas não é.
Talvez a vida fosse mais simples, talvez o mar ficasse mais azul, quem sabe o céu com mais estrelas?
Poderia, um dia, rir só por rir. Chorar só por chorar. E viver só por viver.
Mas não dá.


O problema todo é que não se deve brincar com o Rock´n´Roll.
Uma vez amante do Rock, sempre condenado a trair.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

eu e meu alter ego hedonista



O que você faria para ter uma vida devotada de prazer?
Melhor, o que realmente lhe dá prazer?
E em que intensidade você gostaria de tê-lo?
Já transformou prazer em obsessão?
Já confundiu prazer com paixão?
Não resistiu?
Não se rendeu?
Você o criou?
Ou ele já te dominou?
Bom por ser mau?
Mau demais pra ser bom?
Objetivo com afirmação?
Algo que fascina, deslumbra?
Que cega, instiga e derruba?
E quando acaba?
E se não acabar?
Você se julga capaz de julgar?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

a gente vai ficando por aqui, - when the show begins


Hoje eu vim aqui falar da audácia dos músicos de fim de show.

Geralmente com um discurso parecido em todas as cidades, de vez em quando alterados por consumo excessivo do alcool ou abusivo das drogas, somos obrigados a nos despedir de nossos ídolos com uma canção pela qual somos apaixonados e que só poderemos reescutá-la em sua essência e versão original daqui a um, dois, cinco ou até quem sabe, doze meses.

Bando de sádicos.

E para eles, mais um show, menos um show, mais uma emoção, menos uma emoção. Os gritos na plateia, e uma sensação que pode misturar euforia, tristeza, alienação.

Já tive oportunidade de encerrar alguns shows, tenho que admitir que o "desespero" (uso aspas pois ainda não tive a oportunidade de conhecer o real desespero) da plateia pedindo bis é realmente prazeroso.

Mas encerrando um show, ou vendo um show ser encerrado, eu particularmente sinto uma sensação única de ansiedade e animação que se mistura a imagem de uma outra porta se abrindo.


Então eu posso finalmente empurra-la e ter a total certeza que só agora, o espetáculo está realmente começando.

domingo, 21 de setembro de 2008

(não encare como romantismo)

E se eu pudesse te levar para qualquer lugar?
Falo "te" levar, como se fosse para todos e isso me inclui, na verdade acredito que tenha algo, que sejam muitos "alguéns", que sejam muitos "ninguéns".
Alguéns e ninguéns de todos os lugares e de lugar nenhum.



Acho que a inspiração está de mal comigo. Mas e se eu deixar o subconsciente falar?

eu penso em algo, penso se quero, penso o que quero, penso se tenho, se quero querer. se posso saber, se consigo olhar o medo de frente, depois rir, chorar, zombar.
se consigo trocar de pedra pra algo, se consigo ser e tornar. como se o tornar me impedisse de ser. como se o nexo não fosse mais necessário, como se não precisasse mais de muita coisa pra entrar na música, pois se percebe que é a música.
que é tudo de bom, de mal, de conceito, de sono, de criação. do desejo e do desconhecido. do surreal e do proibido.

da mente, das ideias, dos fatos, da inspiração, da vontade de verdade
ou quem sabe,
da realidade?

longo como uma nota, efémero como uma canção.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Força aê, Noel!


Tudo bem que críticas não faltam no que se diz a respeito ao Oasis.

Podem dizer que eles são metidos, tentam imitar os Beatles ou até que se se acham melhores , como um dos irmãos Gallagher já disse.

Acontece que eu tenho uma enorme simpatia pela banda e mais ainda pelas músicas que me transmitem uma emoção que poucas bandas conseguem.

Por isso que hoje quando entrei no computador e vi uma notícia dizendo que um fã tinha agredido Noel, o guitarrista, no meio do show, fui correndo ver o vídeo e realmente estava lá.

No meio de um show em Toronto um senhor desocupado e sem educação resolveu invadir o palco com o único e principal objetivo de aparecer.

Ora, no mundo em que vivemos o que não falta são pessoas querendo se mostrar a todo custo. Mas isso não foi e nunca será um problema, pelo menos no meu ponto de vista. O problema não é se mostrar para o mundo e sim, o que você tem a mostrar.

Subir no palco do Oasis não deve ser lá uma coisa muito fácil, e quando finalmente alguém consegue, o que faz?

Empurra o pobre Noel, que caiu em cima de sua guitarra e mesmo conseguindo terminar o show, teve que ser mandado ao hospital. Eu como humilde musicista e integrante de banda sei como é difícil e glorificante chegar onde eles chegaram, mesmo com toda arrogância.

Por isso que eu digo, se um dia você conseguir ser desocupado o suficiente para subir no palco de uma banda famosa, aproveite para transmitir uma mensagem de paz, cantar com a banda um trecho de sua música preferida, passar para o mundo sua filosofia de vida ou quem sabe, até dar um abraço efémero e acolhedor em seu ídolo.

Mas por favor, em hipótese nenhuma empurre os coitadinhos no chão, cair em cima de um instrumento dói, machuca e pode causar sérios danos.


Falo isso porque toco baixo, e pra quem não sabe, é um instrumento bem grande e pesado. Então da próxima que eu for fazer um show, ou contrato uma bela equipe de segurança, ou vou alertando desde já os meus futuros e compreensivos fãs.

Prometo que se vocês se comportarem direitinho durante o show, no final jogo palhetinhas e baquetinhas pra todo mundo.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Em tom de sépia



Acho que vou falar diretamente, sem metáforas, projetos, ilusões.
Não sei onde aprendi, se foi com a vida ou com os livros de auto-ajuda. Seja lá como for, devo agradecer a ambos por me fazerem perceber o quanto é bom correr atrás do que você quer. Não falo só de sonhos, ou da realização em si, mas da maneira perfeita de como tudo é projetado, como se a vida abusasse de temperos que podemos classificar como medo, euforia, desejo. Perdas, conquistas, sonhos, diversão.
Por que tantas pessoas fracassam e por que tantas pessoas vivem em harmonia com sua vida e seus desejos?
Na verdade, a felicidade é inalcançavel, pois felicidade é algo que nos soa continuo, e pelo que me parece, neste plano material e espiritual é impossível alcançar a perfeição.
Sabe por que? Porque estamos aqui para aprender, e na minha opinião, só aprende quem corre atrás dos seus sonhos, arrisca, deseja, pensa alto, sofre, cai, erra, aprende e levanta.

Caso contrário, eu diria que você ainda não passou do maternal escolar da vida.

domingo, 31 de agosto de 2008

e foge a cor da fuga



A fuga de quem corre sem saber a direção,
sem saber se busca ou se foge.
A fuga do mundo real, que tenta ser igual,
mas não pode, não sabe tentar.
escadas e correria na escuridão,
mental, física e espiritual.
o começo, renavação, ou fim que nos persegue
e fugir dele
como uma dança de baile,
sem par,
sem tempo, espaço,
sem ter quando parar.
rodar, como roda o mundo.
desligar, tentar ver.
Sentir,voar, ver, não ter e mesmo assim,
ser.
não, não sabemos explicar.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Medo.



Medo, medo, medo.
Repito, e finjo que olho de frente.
Mas fujo, como fujo da chuva com vontade de ficar,
de enfrentar.
Mas medo da chuva não tenho nenhum,
tenho talvez dos raios, de não ter refúgio.
Da chuva? nenhum
o escuro não leva medo a ninguém.
Só as assombrações,
o medo de ter medo,
de não ter.
Do tempo nem penso,
dele de real, só como o dia,
rotina, rotina,
banal, igual.
Normal.

domingo, 24 de agosto de 2008

Entre críticas e alquimia


Essa ideia de críticos literários nunca me agradou muito, até porque , ninguém tem o direito de julgar arte. E na minha opinião, qualquer tipo de manifestação expressiva é sim um tipo de arte. Sendo assim, a escrita é uma das coisas mais simples e complexas ao mesmo tempo.

Tenho que admitir que tenho um certo pré-conceito com livros que minha mãe, meu professor e minha manicure me recomendam.

Não costumo citar nome de autores ou de livros em minhas recomendações, prefiro dizer: leia o que tem a capinha mais bonita, o título mais 'cool' ou até aquele que tem a quantidade de páginas que mais te agrada.

Mas infelizmente, terei que me contradizer. Costumo dividir as pessoas entre seus gostos musicas, sua atração (ou falta de) pela filosofia e se gostam de Paulo Coelho ou não.

Pode parecer meio clichê, mas se eu tivesse que recomendar um livro recomendaria : O Alquimista.

Não me pergunte por que, tenho motivos demais e seria cansativo escreve-los todos aqui. Mas se você tem ou já teve algum sonho, algum desejo, ou alguma ambição, seria legal ler um pouco do livro que pra mim, é uma metáfora da persistência e tragetória de uma pessoa que realmente sabe seguir seus sonhos.

Mas se você prefere continuar acreditando que o universo se resumo a estrelas e constelações, máquinas, homens e fábricas,ou quem sabe vida, morte, início e fim, eu sugiro que antes de ler qualquer livro de auto-ajuda ou filosofia, antes de pagar um psicólogo ou tomar qualquer anti-depressivo, você tente olhar pra dentro e descobrir a infinidade de emoções e energia que se esconde dentro de você.

Garanto que é surpreendente.

domingo, 17 de agosto de 2008

Psicodééélico



Se você botar "psicodelismo" no google não vai achar coisas muito interessantes, o google por sua vez, não consegue ir muito além das roupas dos anos 60, ou do St.Peppers Lonely Hearts.
Mas aí é que está, o que leva uma pessoa a escrever "psicodelismo" num site de busca? Eu sinceramente não sei, talvez seja puro tédio ou quem sabe o mais curioso dos interesses e a vontade de intensificar as emoções psicodélicas já vividas. Intensificar e entender.
Dizem por aí que o psicodelismo é um estado de espírito. Acho que prefiro trabalhar com estados de consiencia. E tenho que admitir que mexer com eles é algo fascinante e assustador ao mesmo tempo. Como entender tudo? Como entender tudo sem se sentir ameaçado com isso?
"living is easy with eyes close"
Viver é fácil com os olhos fechados. Isso é o que diz "Strawberry Fields Forever"
Mas e quando decidimos tirar essa "venda" e reparar em todas as cores do nosso intenso sonho coletivo? Nós queremos fazer isso, queremos ver, entender, descobrir.
Só que não podemos abrir os olhos! Está errado, está errado.
Ninguém quer acordar de um belo sonho!
E quando abrimos os olhos, o que acontece?
O sonho acaba.

Espero eu, um dia poder ser suficientemente psicodélica para conseguir acordar sem deixar de sonhar.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

sonhe, viva, pule, salte, seja, tenha, faça, blá, blá blá, blé , blé blé e tal



Diretamente agora, (aprecio pessoas diretas).

Você sabe exatamente tudo que vai acontecer na sua vida. Não estou no momento para ser filosófica, mística ou qualquer outro aspecto menos comum em seu dia a dia. (falo "seu" pois o meu dia a dia é sim repleto de momentos, pessoas e inspirações místicas e filosóficas).

Mas o fato de saber, não será jamais comparado com previsão, magia, ou algum poder secreto, pelo menos por mim. O fato de saber se refere única e exclusivamente ao fato de poder decidir.A partir do momento que você decide, você sabe.

Mas junto com a decisão de seu sonho, sua profissão ou até do programa de final de semana, vem a decisão de como isso vai acontecer e desenrolar durante o tempo.E é aí que entra a parte mais difícil, saber projetar o que, como e quando.

Eu odeio escrever coisas do tipo "sonhe, deixe fluir, se case, seja feliz, pule do abismo da imaginação e deixe para trás as preocupações."

Até porque para eu ter a frieza e pretenção de escrever conselhos desse nível e charme, teria que ter no mínimo sonhado, deixado fluir, me casado e pulado do abismo da imaginação algumas vezes, e fora isso, te-los feito bem.

Coisa que pelo que me lembro, ainda não fiz com total perfeição e insegurança.

Mas se tem uma coisa que posso falar, apesar de meu signo astral, meu ascendente e minha constante luta comigo mesma para decidir se vou tomar Toddy ou café com leite no café da manhã, essa coisa é:

Saiba saber o que quer.


Caso contrário é melhor deixar fluir, esquecer as preocupações e é claro, saltar bem alto lá do abismo da imaginação.

Boa sorte.

terça-feira, 29 de julho de 2008

E onde estão os palhaços?



Que entre os palhaços,
com seus filhos, seus laços.
E venham as freiras, as malvadas
só elas.
Convido você, seus medos
minhas fantasias
garantem presença.
Nesse jogo,
ou circo.
E vêm,
ou fica.
Mas tente,
entre.
E os bobos da corte,
que riem assim,
riam, riam de mim!

segunda-feira, 28 de julho de 2008


"Que temos em comum com o botão de rosa, que estremece ao sentir sobre o corpo uma gota de orvalho?

É verdade: amamos a vida, porque estamos acostumados não à vida, mas a amar.

Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre, também, alguma razão na loucura."




Friedrich W. Nietzsche

domingo, 27 de julho de 2008

Sem título

  1. Mas até que vejo beleza, pode parecer que não. Ou pelo simples fato de não poder, e ás vezes esconder, disfarçar, enganar, ver, faltar.
  2. Por não parecer como é, por fingir ser só puro prazer e tentar. Tentar não ver, enxergar. E sim, poder aparecer.
  3. Mas ter que torcer, e sofrer. E voar, e ver, pura besteira. Mas não rir. Rir, que digo, gargalhar. Pode sorrir?
  4. Sorrir pode, ás vezes sorrio assim, do nada. As vezes uso sorrisos forjados, mas isso não vem ao caso.
  5. Ah, mas esperança também é bom. E eu gosto de gostar, mas é só como eu gosto. E ver gostando não me agrada, se é que se pode dizer, muito.
  6. E dar corda pra inspiração, que nunca me veio assim, de tão boa vontade. E vai embora com as dúvidas.
  7. E com a vontade de seguir. E de sorrir. Que vão embora pra voltar!
  8. Não vão embora. Dão meia volta.
  9. E voltam.

quinta-feira, 24 de julho de 2008



Não sou ela, mas sou eu e ela.
Ele não é eu,
não sou eu?
Seria eu.
Você quer ser eles,
você é eles.
E você também.
Eu quero ele,
ela, aquele.
Ele, outras,
elas, todos.
elas, eles,
eles, elas
elas, elas,
eles, eles
nós e só.

sábado, 19 de julho de 2008

Análise

ANÁLISE

"Tão abstrata é a idéia do teu ser

Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me a ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho,
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto sendo. "
Fernando Pessoa, 12-1911

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Magic way of life


Não, não usarei palavras bonitas.
E na pressa de achar uma correta, o medo de que elas se escondam é sim excitante.
Mas quem precisa de fotos quando se sabe que um sonho vale mais?
E aprender em quem pode confiar, e saber que se não foi exatamente como desenhamos, um dia será. Não adianta ligar pra isso, o tempo, por mais que haja tempo, passa.

E é mentiroso dizer que felicidade é um estado de espírito. Falando assim lembra algo remoto, passageiro. E não é.
Guarde. Quando entrar num quarto escuro, desses que fingem que dão medo, use um dos seus estados de espírito , se é assim que prefere dizer.
E vamos seguir. Que seja pra frente, pro lado, pra cima, pra trás.

Mas vamos seguir.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Talvez seja uma confusão de sentimentos entre medo, euforia, insegurança. Talvez seja uma conquista, talvez uma vitória.
E se toda história tem seu lado bom e seu lado ruim, eu os vejo aqui.
Mas o fim é uma ilusão. É só o começo. O começo que se recicla a cada minuto e nós, que não entendemos isso, insistimos em chamar de fim.
Pura besteira.
Pode ser mais um sonho, um pesadelo praseroso. Mas o mais importante é saber que não acabou.
E nunca vai acabar.


14/07/08 SP 11:33

sábado, 5 de julho de 2008

Por favor, desliguem seus bips e celulares.



Você me vê, eu te vejo. Você não se vê e eu não me vejo.
Ora, mas que estranho! Seria isso uma espécie de filme?
Sente-se , aconchegue-se, fique a vontade pois a casa é sua, até o final. Não lhe parece lindo?
Ah, mas é claro que parece. Isso me lembra um filme que fiz um dia. Nele eu existia, tinha minhas ideias, meus sonhos, meus medos. Era essa mesma casa, até o teclado que escrevo era o mesmo!
Mas não me venha falar em repetição. (!)
O filme está sendo rodado, e eu quero silêncio.
Silêncio? Silêncio não.
Quero de ti a trilha sonora!
Será minha. Serei a diretora, a atriz principal, a mocinha, a vilã. Serei também a plateia, para que ao menos alguém se emocione
e te convido inclusive para que no final
você se levante comigo, bata uma salva de palmas e espere até a próxima seção.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

E onde se esconde o coelho branco?



Existe um fator que causa um certo "envelhecimento" nas coisas em si, esse "envelhecimento" vem acompanhado de uma imagem já comum e cansativa das coisas que se repetem com frequência. A gente pode chamar isso de "saco cheio", "lugar comum" ou até "movimento clichê". Eu prefiro resumir a : Tempo.

domingo, 29 de junho de 2008

The wrong one, please.

E por que o errado soa tão fascinante?
E por que, com tantos caminhos, tendemos a escolher o errado?
Desculpe, não posso por em você os meus erros e talvez "pecados".
Mas já disse que não gosto de conjugar em primeira pessoa, me irrita. Parece egoísta demais, e o egoísmo, que de tão errado que é, prefiro fingir que não o tenho.
É que outro dia o meu lado mau veio falar comigo. E eu, que nunca imaginei que o tinha, fiquei fascinada com sua beleza. Beleza que não considero minha, jamais.
Mas ele, ou ela (droga, odeio palavras) me pertence.
E isso parece ruim? Mas não é. O problema é que é difícil me entregar, o meu estado real não permite.
Também odeio passar essa imagem no-sence. Mas a música pra mim não tem o mesmo sentido que tem pra você. Pelo menos uma delas, entre tantas, eu escolho para ser só minha. E junto com isso vem um momento, e que de feio, parece o melhor. Ora, a beleza se esconde. Mas a beleza é mesmo muito estranha, não precisamos dela. Jogue-a fora AGORA!
E junto com isso o amor.
Ou não está cansado de ouvir que

oh, o amor é belo ?

Talvez eu volte, ou melhor, ele, ela volte. E digo que será em breve.
E digo com a mais estranha certeza, que sim, será i-n-e-s-q-u-e-c-í-v-e-l.


terça-feira, 24 de junho de 2008

Poxa, Ninoca!


Quando eu era pequena, ia ao dentista com uma facilidade incrível. Diferentemente dos outros amiguinhos, não tinha o menor medo daquelas maquinas estranhas e minha mãe podia se encher de satisfação por sua menininha ser tão, mas tão corajosa.

Acho que quem me ensinou a ser assim foi a Ninoca. Ninoca era uma ratinha muito simpática que tinha uma coleção de livros do tipo: Ninoca vai a festa, Ninoca vai a escola, Ninoca vai ao restaurante, Ninoca vai ao médico, Ninoca vai ao advogado, Ninoca vai ao shopping e é claro, Ninoca vai ao dentista!

No livro, Ninoca vivia excitantes e agradáveis momentos de aventura em cada um desses lugares, enquanto nós, adoráveis crianças nos espelhávamos nessas aventuras como nobres aprendizados e experiências de vida.

Vivi feliz e saltitante durante todos os momentos dentários da minha vida, até o dia em que Ninoca me traiu e eu pude ver o verdadeiro significado de "ir ao dentista". Consegui enxergar diante de mim os vingativos e satisfeitos olhos de todos os amiguinhos de infância, consegui ouvir de maneira nítida os gritos horripilantes de todas as pessoas que por ali já passaram e senti em minha própria carne (ou dente) toda a dor que os amedrontados odontológicos já sentiram.

Pois é meus caros amigos, esse dia foi hoje. Até pouco tempo, sentia minha língua e meus lábios dormentes junto com a lembrança de agulhas e aparelhos que hoje sim me apavoraram.

O que posso dizer de tudo isso?


Pô Ninoca, dá próxima vez ensine as crianças de uma forma menos otimista e mostre desde cedo que ir ao dentista é sim uma coisa horripilante. Ou então elas serão condenadas a crescer com a falsa e triste ilusão, de um mundo perfeito.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Todos parecem tão reais,

mas vocês não me enganam.
E não tentem me convencer de uma postura egoísta, ou de loucura imaginária.
Eu sei de tudo, mas finjo que não sei para poder continuar aqui.
E se um dia isso tudo acabar, quero deixar bem claro que vocês são excelente atores.
Assim como eu,
fizeram um ótimo trabalho.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

play the game of existence


Hoje me vi no espelho, olhei meio de rabo de olho e resolvi perguntar se eu queria ser quem eu era.

Eu disse que pra começar queria ser mais rápida. Ah, eu faço as coisas devagar demais. Não pela rapidez em si, mas pela segurança de saber o que quer, e que ter certeza do que não quer não adianta nada, é puro charme.

Charme também é uma coisa que me falta. Falta charme no jeito de andar, no jeito de falar. Disse que era muito assim, vai, vem, tanto faz.

Saber nadar. Quase saí do espelho para brigar comigo mesma de uma forma extremamente agressiva para lembrar que eu também deveria fazer isso mais vezes. Mas eu não faço.

Meio triste disse que deveria saber me dar mais valor, acreditar mais em mim mesma. Que adoraria amar mais e se apegar menos. Por um triz quase acreditei que nunca tinha amado. Mas aí seria irreal demais. "Love is the answer."

E eu vivo de respostas, me movo a respostas. Elas me satisfazem.

Necessito de perguntas mas a única que me resta é por que não as tenho.

Ah, eu também queria falar menos. Falar menos?

Não, eu não poderia querer isso. Mas lá estava eu, olhando em meus olhos e falando que não aguentava mais me ouvir. Falo demais, falo nas horas erradas, as coisas erradas.

Descobri que isso tudo era porque tenho medo do silêncio. O silêncio simula o nada.

E eu fujo do nada na mesma intensidade que procuro tudo.

E assim, não chego em lugar nenhum. Melhor, não chego a nenhum lugar.

Queria que todos fossem felizes quando estivessem comigo, queria ter o poder de alegrá-los, e queria principalmente, não querer isso.

Queria saber dar valor as coisas certas, desprezar as erradas e ter um conceito relativamente bom sobre o que é o que.

Gostaria de ser livre o suficiente para me apaixonar e mais livre ainda para me entregar, de corpo e alma.

Queria ter o poder de saber quem realmente gosta de mim de verdade, e almejo que pelo menos um possa fazer isso com sinceridade.

Voltar no tempo, pular no espaço, viajar num tapete, rir das desgraças, amar os meus inimigos, aceitar os meus amigos, gostar dos defeitos próprios e alheios e acreditar na realidade relativa de cada um.


Acho que queria existir.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

(na interessantíssima aula de história)


Não tenho nada pra fazer, então por que não criar uma teoria?
É a teoria do Brianstorn.

Ela diz que a chave do universo está no subconsciente, você tem que saber usá-lo. Deixe o subconsciente predominar. Talvez se concentrar no passado ou no futuro, mas a certeza de pensar no agora e que seja:
Tudo vai e caminha aos poucos por você, por mim, por ninguém. E como não ser tudo um só?

É só isso, é tudo isso.
Não faz sentido e isso tem sentido, pois soa bem, pois fala tudo.
E assim, não acaba. Não ter que pensar e dizer tudo com versos e olhares.
Não sei, não sei se é bom,
Peço silêncio ao mundo de agora.
Mudo de olhares,
uso as palavras erradas;
Penso.

domingo, 15 de junho de 2008

Sou totalmente contra a ideia de fazer rimas com desilusões e acho que os poetas são os maiores filósofos, brincar com as palavras.
Não consigo escrever com a inspiração já retratada e odeio falar de mim mesma, seja bom, seja mal ou seja nada.
Por isso trocarei agora o sujeito da frase: tu.
(tu não porque fica muito complicado conjugar em "tu" vamos considerar a intenção e usar o "você").
A música não te faz pensar? A música cria sentimentos, cria emoção no vazio. Não me interessa se o som se propaga no vácuo ou não. A música se propaga em qualquer lugar.
E sobre a perfeição? Um passo do abismo.
é fascinante.
e só.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Happy fucking single day!


Ontem foi dia dos namorados. Ah, é tudo tão lindo!

As sorveterias enchem, os motéis lotam, o comércio lucra e os restaurantes criam filas quilométricas. Os namorados e namoradas saem por aí comprando flores e procurando presentes. Os correspondidos ficam com um sorrizinho bobo na cara por ter alguém para dividir esse momento tão único e especial (ham.) e os não correspondidos entram em profunda depressão e passam o dia imaginando como seria passar esse dia com o seu amor.

Existem os solteiros que abraçam a causa "tô nem aí" e os solteiros que almejam ter no ano que vem alguém com quem possam enfrentar, amorosos e felizes, as quilométricas filas dos restaurantes e motéis cinco estrelas.

Na Tv, filmes românticos e nos jornais dicas sobre o que fazer com seu companheiro. Na rua pessoas lhe desejando "Feliz dia dos namorados", e nos shoppings abafados promoções do tipo "compre R$ 500,00 em roupas e leve uma rosa que brilha no escuro para presentear a sua amada!"

Sim, isso tudo me soa um tanto comovente. Mas não é por isso que deixo de me revoltar, não com a presença dos dias dos namorados, mas sim com a ausência do "Dia dos solteiros"!

Aah, seria tão divertido. Os solteiros comemorariam seus porres e juntos contariam seus podres e suas maiores mancadas no assunto: amor!

Todos se pegariam freneticamente e defenderíamos o amor livre. Seria uma perfeita vingança, você recusaria sair com sua melhor amiga comprometida pois teria um encontro marcado com "seus solteiros", juntos organizaríamos gigantescas surubas em que os comprometidos olhariam e entrariam em profunda depressão por não poder participar. Os móteis não iriam lotar, afinal, alugaríamos um só quarto e aproveitaríamos como nenhum namoradinho já aproveitou.


Depois dessa gigantesca análise, decreto hoje, sexta feira dia 13/06 o oficial

DIA DOS SOLTEIROS!


Não lhe soa muito mais interessante? (;

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Assim como respira, inspire.


Outro dia estava pensando porque só escrevo quando estou inspirada, e isso me levou a pensar o que me inspira de verdade. Consequentemente comecei a pensar na inspiração.

Quando estou inspirada as coisas fluem com uma facilidade incrível, os textos saem melhores, as melodias mais dançantes e as letras mais profundas. Quando se está inspirado não importa se o sol brilha em sua máxima potencia ou se a chuva cai em seu estado mais fino e irritante.

A inspiração é um processo. Um processo que pode envolver dor ou prazer. Mas é um processo momentâneo. E é por isso que eu acho a inspiração um dos processos mais fascinantes da vida.

Você vai estar inspirado quando casar com o amor da sua vida ou quando quebrar a cara do seu maior inimigo e vai se inspirar só de pensar em fazer um dos dois. Ou não.

Eu posso te inspirar, as folhas que caem das árvores podem te inspirar. Você pode acabar com sua inspiração e por isso se culpar até que a culpa te inspire de novo.

Inspirar é pegar tudo que está em sua volta e conseguir botar pra fora.

Assim como você inspira, e respira.

Você cria, cria e recria tudo que está em sua volta.

Me criou e se criou no auge de nossa inspiração.


E quando enfim, o sol se apagar e a chuva parar de cair, você se separar do amor de sua vida e a cara do seu maior inimigo voltar ao lugar, você então vai olhar em sua volta e perceber que tudo, eu disse tudo, não passou de um breve e remoto momento de inspiração.

domingo, 8 de junho de 2008

As pessoas grandes


"As pessoas grandes adoram números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: 'Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos preferidos? Será que ele coleciona borboletas?' Mas perguntam: 'Qual a sua idade? Quanto ganha seu pai?' Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos ás pessoas grandes: 'Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado...' elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: 'Vi uma casa de seiscentos contos'. Então elas exclamam: 'Que beleza!' "


O pequeno príncipe

Antoine De Saint-Exupéry





sábado, 7 de junho de 2008

essas ventanias


O vento aponta algo estranho e as palavras não saem do papel. Não saem assim como eu não saio e como o arrependimento do que não continuei prossegue em minha existência.

E o sentimento de posse me domina assim como domina minhas ideias e a pose perfeita para a fotografia.

Com a falta do sentido que para mim é quase nula e pra você, é totalmente fatal.

Pessoas vão, pessoas vem e pessoas que jamais serão. E se não são é porque não as criei para durarem muito tempo. Apenas a primeira cena. Depois começa o intervalo e você não volta mais,

digo-lhe:

Adeus,

com a certeza de vê-lo amanhã.



Sim, eu deixei meu subconsciente falar.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Clímax



Se d´s dividiu a vida por etapas ele separou uma e disse: toma, um presente pra você! Você vai ter esse tempo todo pra fazer o que quiser, é a hora de experimentar, é a hora de errar e de se mostrar. é a hora de viver como se o mundo acabasse amanhã, a hora de confundir desejo com amor e de não desejar amar como deseja.
esse é o tempo de dizer sim e não ao mesmo tempo, o tempo de ser feliz sem pudor. o tempo onde errar é permitido e acertar é aceitável.
esse é o momento onde as máscaras são construídas e arremessadas pra longe. o momento onde os milésimos são preciosos como notas musicais e gotas de chuva caem fazendo um fascinante espectáculo.
Essa é a juventude, a sua juventude. Esse é o clímax do seu espectáculo.
E é com enorme prazer que eu lhes apresento
, esse é o orgasmo da vida.



Kika

sábado, 31 de maio de 2008

Hoje tive um sonho e acordei sem saber se sou real. Acordei sem saber se acordei ou voltei a dormir. Sem saber se criei o que vejo ou se fui criada pelos que me vêem.
Se tudo faz sentido, ou se o sentido é a falta dele, e então? O que seria melhor?
Se me deprimo é por que o sonho seria sim, a melhor opção.
Mas no sonho entro em desespero por não conseguir acordar,
e acordada, por não conseguir sonhar.

é pote de ouro ou de mel?


Era o espetáculo preferido. Depois do sol e da chuva, surgia.
Os sorrisos apareciam pela individualidade e união das cores em perfeita harmonia,
a sutileza era suficiente e o seu significado era compreendido.
Mas ao virar-se umas para as outras, se viram sozinhas e resolveram se separar.
Como separar algo que já surgiu unido? Como separar algo que é tão belo e harmonico quando está junto?
A revolta foi grande, surgiram barreiras, as cores desbotaram aos pouco e o brilho se perdeu com o egoísmo. Cada uma por si, seria assim.
O sol sabia que não daria certo, quem nasce unido não se separa. A chuva sabia que o fim seria trágico. Desaparecer, evaporar.
Mas as cores não ligaram. Foram aos poucos se desbotando, se destruindo, se enfraquecendo.
Quando restou um breve e opaco brilho final, olharam umas para as outras e viram que já era tarde demais. O arco-íris tinha morrido , sozinhas não sobreveriam.
E a escuridão reinou por falta de brilho.



Kika

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Lei;berdade


Tava andando na praia e conversando com a Bibonga sobre as paixões em geral, o que inclui vícios e obsessões. Chegamos numa fase em que nada nos prende, a não ser a vida que levamos.

Virei pra ela e disse que quando chegamos a esse ponto, de não ter nada ou ninguém que nos prende, a não ser a nossa vida, podemos nos dizer pessoas livres.

Será?

Tenho vários amigos e amigas que estão apaixonadinhos, eles tem sua obsessão mas sabem lidar com isso. Tenho vários amigos e amigas que são correspondidos e vários que não são. Eu não tenho ninguém que me prende, mas ao mesmo tempo sou presa a todos. E aí? Seria eu uma pessoa livre?

Li uma vez num livro de filosofia sobre a teoria de ser livre, não lembro o nome do filósofo, mas ele dizia que ser livre não é fazer tudo que quer, e sim, fazer aquilo que te faz bem. Eu posso tecnicamente, até um certo ponto, fazer tudo que quero. Afinal, tirando os meus pais, não devo satisfação a ninguém. Acontece que muitas vezes nessa vida de "não sou de ninguém e faço tudo que quero", eu acabo me enganando, me perdendo e me machucando. Foram as raras vezes que pude usufruir da minha liberdade para conseguir algo que me fizesse realmente bem espiritualmente.

Enquanto isso meus amigos apaixonadinhos, sendo eles correspondidos ou não, passam por diversas provas de fogo e momentos de vazio e de inspiração que lhes fazem sentir bem por ter algum motivo para viver ou algum objetivo para alcançar.


É, cheguei a um ponto que vivo para viver, o que é completamente diferente de viver por viver.

Virei escrava da vida. Serva de mim mesma.

E vou seguir assim até conseguir me encontrar.

domingo, 25 de maio de 2008

Boa noite, nós somos a Revolução de Veludo


Ter certeza é uma coisa bem difícil. Eu particularmente não tenho certeza de quase nada, nem se vou tirar zero na prova de amanhã e muito menos se o que eu estou vivendo é real.

Mas isso não interessa, o que interessa é que ontem eu tive certeza do que eu quero pra mim, e isso me soou excepcional.

Aí eu acordo cedo, vou me preparar pro show, o mundo resolve ficar mais lento, o sinal demora mais a parar. Aí todas as pessoas que eu conheço me ligam ao mesmo tempo e a pecinha da bateria da Ju some. Os planos mudam, a gente se encontra no estúdio, chega atrasada na passagem de som e só encontra um cachorro gigantesco. A passagem de som sai uma merda e meu cabelo fica horrível.

Tá, mesmo assim a gente não desiste.

Assistimos pelo menos um pouco do show das outras bandas que estavam particularmente fantásticas. Cada uma com seu estilo, com a sua energia.

Nós iríamos fechar o show e já estava na hora. Subi no palco como entraria na minha casa (na verdade entrei bem mais feliz no palco), e fiz o melhor que pude. As meninas arrasaram sexymente e os rostos amigos na plateia me deram o melhor apoio do mundo. Devo 2/3 do show a eles.

Ver as pessoas cantando com a gente me trouxe uma energia muito boa, era como se tivesse algo me prendendo ao palco e dizendo com todas as letras "já era kikinha, agora que você subiu aqui, não desce mais".


é, e talvez essa voz esteja certa. talvez não, tenho certeza!


quarta-feira, 21 de maio de 2008

As tais duas estradas


Hoje tava no ônibus voltando pra casa e vi um cara sendo preso, depois o ônibus andou um pouco e lá estava outro sendo agarrado por um policial. Saltei e estava um outro ônibus parado com um carro de polícia do lado dele no mesmo lugar em que outro dia teve uma enorme briga de trânsito que parou a rua inteira e me vez dar quinhentas voltas para poder chegar em casa.


Cansada depois de intenso dia de estudo e trabalho (ham), tentei ligar a T.V mas desliguei, não aguentava mais ver essas merdas que acontecem todos os dias.


Desliguei a T.V ou talvez tenha fechado meus olhos. Fui até o computador pensando que atraímos cada vez mais violência por tentarmos combate-la com a própria e que se cada um abrassace a causa "all you need is love" poderíamos enfim viver em paz num verdadeiro paraíso com fadas rosas e pássaros azuis.


Acontece que infelizmente (ou talvez felizmente) não é bem assim que a coisa rola, que o bonde anda. Não podemos nem fechar os olhos para o mundo e nem sair por aí revoltados com tudo e com todos, quebrando qualquer barraquinha que vermos pela frente. E é aí que entra minha teoria das "duas estradas".


Provavelmente você já se apaixonou ou ficou bem afim de alguém. Pois é, eu também.


Várias vezes, inclusive. E nessas várias vezes , jamais desisti de alguém e modéstia parte, jamais deixei de conseguir quem eu queria por mais difícil que parecia ser. Porém, nunca deixei de viver minha vida por mais que quisesse me dedicar a este objetivo. E assim fica mais fácil, eu garanto. Se você conseguir, oba! Se não, pelo menos você tentou e em nenhuma hora deixou de curtir por causa disso.


E isso vale pra tudo, inclusive para o mundo de uma forma geral. Você tem que tentar encherga-lo como duas estradas em que você não precisa escolher uma, e sim, seguir as duas. A estrada da revolta, do movimento, e a estrada do amor, da paz e das coisas que você pode fazer para atrair mais harmonia para o mundo.


Dá próxima vez que for encarar um problema lembre-se das duas estradas.




é satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Os Beatles e seus efeitos alucinógenos


É, eu sei. Sei que você que viveu o auge dos Beatles, você que tem todos os posteres, vinis, Cd´s, Dvd´s e Vhs´s ou você que teve o privilégio de vê-los de perto deve estar pensando:

"o que essa criança que mal saiu das fraldas pensa que sabe sobre Beatles?"

Mas vou logo avisando que não estou desmerecendo seus vinis empoeirados ou suas experiências magníficas.

Apenas vou falar sobre o que os Beatles representam única e exclusivamente para mim.

Na verdade sempre foi aquela banda fofinha que dizia que queria segurar minha mão, os clipes em preto em branco onde balançavam de um lado para o outro e aquelas moças com seus vestidos de bolinha fanáticas pelos moços de Liverpool.

Até que eu cresci, e os Beatles começaram a mudar sua imagem diante de mim. Prestei atenção nas letras, nas mensagens e na sua ligação direta com a filosofia. Comecei a assistir seus clipes alucinógenos (quem já assistiu "Lucy in The Sky With Diamonts"ou "Tommorow Never Knows" sabe do que estou falando) e perceber suas músicas mais pesadas.

Descobri uma banda que estava sempre lá, e isso sempre acontece, quem começa a conhecer os Beatles de verdade não consegue não gostar. É tudo tão mágico, surreal.

Quando você descobrir os Beatles, vai entender o que estou falando.


E se isso não acontecer, ah, será uma pena.


domingo, 18 de maio de 2008

moço, sabe onde fica a saída?


Ah, felicidade é tudo. São aqueles sorrisos, os pontos que você faz durante a vida, aquelas horas que você ri para si mesmo e pensa com tremenda convicção "mandei bem". São os sinais abertos e a estrada livre. Um bolo que deu certo, uma noite de verão.

Eu sempre tento pensar positivo, ver o lado bom das coisas e rir do que deu errado.

(mentira, eu sempre fico arrasada, mas gostaria de rir.)

Só que aí eu me vejo numa sala vazia. É uma sala horrível, nela se escondem todos os meus medos, nela não há ninguém. Lá é frio, escuro.

Eu tenho que encarar uma pessoa que fala constantes verdades secretas olhando diretamente nos meus olhos. Eu não posso e nem tenho como fugir. Lá meus olhos se confundem com o silêncio e a escuridão. E falo as coisas erradas nas horas erradas. E lá eu não posso rir. Nem rir, nem chorar.

Então quero sair e não consigo.

Mas aí lembro dos sorrisos e dos bolos que deram certo. Penso nos dias de frio e nas noites de verão.

Lá no final vejo uma porta, enfrento um gigantesco corredor e consigo ler perfeitamente:

SAÍDA.


daí a abri-la ou não, é uma opção exclusivamente minha.




quinta-feira, 15 de maio de 2008

meu destino, baby.


É, eu sei. Sempre veio aqui dar uma de mãe Kika e prever o futuro, mas hoje vou logo avisando que futuro é diferente de destino. Meu futuro é ganhar o mundo com a minha banda, isso já é certo.

Mas e o destino?

Sim, hoje vou falar um pouco sobre ele.

Já cansei desse lance de amor a muito tempo, ah, amar alguém é complicado demais.

Isso de sair chorando pelos cantos, de sofrer, de virar submissa e dependente. De curtir um cinema e um sorvetinho e achar tudo lindo.

Eu vou virar groupie. Isso mesmo, correr atrás de banda, se pegar com eles dentro de banheiros e salinhas exclusivas. Não vou poder ter nenhum amor pela banda e vou ficar felizona ao sair de manhã dos hotéis.

Aí vou voltar pra casa, almoçar, dormir, malhar (afinal vou ter que estar sempre gostosona), e me preparar para o próximo show.

Excitante, não?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Os duendes e as aventuras da vida.


Hoje fui numa loja dessas que vendem chás, barrinhas de cereais e duendes e pela quinta vez não achei nenhum. O que me entristece bastante, afinal, logo eu que acredito tanto neles merecia ter ao menos um. Mas fazer o que? Tenho mais que agradece-los, se hoje sou a baixista que sou, reconhecida e aclamada mundialmente, é por culpa dos duendes. Sim, foram eles que roubaram TODAS as minhas palhetas e me fizeram desistir da minha carreira de guitarrista.

Isso sem contar com as aventuras da vida, não, não vou colocar a culpa nos duendes.

Sábado passado, estava eu pronta para encarar a tão sonhada e aclamada LAPA! Circo Voador, casa de shows que só me traz boas (excelentes) lembranças, muito Rock´n´Roll, insistências, desistências e é claro, carteirinhas falsas!

Estávamos nós, pequenos e confiantes pivetes, felizes por conseguir comprar seus ingressos, afinal, somos muito sapecas e malandros resolvemos entrar no tal show. Entramos e mais uma vez felizes nos abraçamos por sermos tão, mas tão espertos!

Não se passaram vinte minutos e cinco dos felizes pivetes foram expulsos. (isso sem contar com os outros dois que nem entraram). Com a tamanha solidariedade nos telefonaram avisando a tal ocorrência.

Eu e meu amiguinho que estava perto nem nos abalamos, afinal eramos grandes, fortes e muito, mas muuito malandros!

"documentos, por favor"

Abri a carteira na frente do segurança, de um lado minha carteira de 18 e do outro a verdadeira. Ambas IDÊNTICAS! Em um ou dois segundos, por falta de identidade ou CPF, virei uma menina que veio do sul, onde o pai que até o dia anterior morava em SP, veio para o Rio apenas para procurar meus documentos em uma estante imaginária.

Enquanto bolava meu plano mirabolante, meu forte e malandro amiguinho enchia os seguranças de porrada. Exaustos e convencidos com a minha história os seguranças nos renderam e além de nos colocar no camarote principal, ainda nos devolveu o dinheiro como pedido de desculpas.


Fantástico, não?

Agora, até que ponto essa história é real, cabe aos duendes dizer.