São pétalas, paradas como o fim de uma canção. Paro como a música que me espanta, caminho junto a estrada que me comove.Ser triste não é assim, como diria uma virtude. Se render a tristeza nos gera o prazer da surpresa e o desprazer de ser poeta.Pois num canto suave, canto pra espantar os vestígios perfeitos de um passado real. Coisa que um sujeito, coisa viva, coisa tal que respira tanto quando entende. E se por um acaso prende, acaba sentindo. O sentido que falta na ausência do entendimento de uma vida.
Assim, como ser poeta só a luz da lua. Poeta que consegue palavras de amor, seja qual for o amor que ele vive. Porque poesia é transposição, ser alegre tarde, ser sutil ao dia. E nascem os versos quando se seguram as lágrimas, nossa tristeza é só inspiração.Seu manto quente, o quanto antes, sou atenta ao tempo. Que passos esperneiam tão bem um sujeito vulgo? Sujeito estranho, se entregou, virou estrofe. Não sai mais de casa, prendeu o dedo as folhas. Será um sonho, uma amada?Ou será a pena que sente pena, de um amor tão simples ser notificado.
domingo, 4 de julho de 2010
Nado por um mar cinza de testura grossa que me cega aos ventos, sem resolução. Um coração tão vasto se entrega as águas e terras estranhas são minha direção. Tão incapaz aos céus me parece o arco, passo por ele como quem não é. Pois ser algo certo nesta vastidão tão triste, é como pintar retratos numa vida antiga.