quinta-feira, 2 de setembro de 2010

vastidão, vastidão



Despertei na escuridão. Não havia uma luz sequer.
Vaguei pelo vazio negro e na procura de anjos ou divindades,
não encontrei ninguém.
Numa auto-perseguição me deparei com eles.
Eram tantos, dispersos e inversos do que fui,
se encaixavam perfeitamente a mim.
E eu pensei que haveria medo!
Pobre de mim, nem um medo encontrei.
Havia o bem, havia o mal
a desilusão
o amor também.
E num reflexo preguiçoso do tempo,
acendi a luz
com a voz tão vasta,
de tombriedade exausta,
exclamei:
- adeus pensamentos!
vagarei sozinha na imensidão de mim mesma.

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