quarta-feira, 3 de agosto de 2011

meu


Vai passando tão passo a passo
que as palavras são minhas verdades,
meus embaraços.
Seria uma cigana, essa minha lembrança
que tenta em vão (ou não)
confessar o futuro para o eu que já morreu.
Mas não está morto! Morreu por ontem
hoje já é outro de novo, cheio de esperança
andando devagar, olhando as flores se debruçarem
em olhares de quem acabou de acordar.
Ah, essa infinitude de vontades
nada parece tão cruel
quando o sonho se mostra
ingênuamente além.
Não se preocupe, pois dias desses
viraremos pássaros
e o tempo nunca atrapalha
quem consegue
enfim,
voar.

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