sexta-feira, 5 de abril de 2013

Poço


Tantos absurdos
Tantos amores não vividos
Tanta coisa que parou no meio
O mundo deve ter um poço de mágoas
Um poço fundo e desumano
Bebe-se dele água, vira-se ele todo
Esse poço
Que só acalma no desgosto do corpo
E do copo
E dos dias que passam nas máscaras inúteis da felicidade
Todo esse poço
Toda essa gente
Não acredito em pessoas felizes
Elas não existem, são só reflexos
A felicidade é um copo de wiskhy
É ler um bukowski triste
É dançar
Tudo que afasta o pensamento é feliz
Tudo que leva a ele, infelicidade
Eu queria ser ignorante
Eu queria ter outra idade
Eu queria pegar um ônibus
E fugir
Pra bem longe
Pra bem perto do poço
Onde mora a cruel
E fatal

 realidade

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