quinta-feira, 13 de maio de 2010

Peço licença, antes de entrar.


Eu responderia que o olhar por quanto quero é só meu. E que enquanto espero, crio num relance repleto, um mundo deserto tão meu. Mas a sociedade das pinturas, essas pessoas aprisionadas nas artes, esculturas; criam vida e libertam-se só pra me contar. Que sentem-se assim, libertos e presos junto a mim. Em cores tão sincronizadas, vivem de uma beleza tão errada e fingem gostar da solidão. Uns vivem muito acompanhados, mas estão presos, coitados! Já eu nem sei que arte me acolhe. Estaria eu acorrentada entre versos, duplamente amarrada sem riscos de fugir de uma metáfora, coisa essa que enfeita e desenfeita meu final. Pinto azul num poema triste e escrevo torto num quadro belo, entrego-me tão solta junto aos sonhos e dele sou abrigo tão simples e sincero.

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