Eu me viro de costas
mas você me chama
com o brilho nos olhos que te guarda
tão longe, tão perto.
Cria em mim fio condutor
que me leva à rua,
aos sonhos, aos céus
Mas me escondo, covardia
em mim é perfume
Um milhão de máscaras
de tratos, conversas
há quem diga não, eu digo não
os pássaros lá fora, que cantam o dia
dizem não. Meus versos e contas
dizem não, minhas vontades e maldades
dizem não.
Mas você transforma,
quando olha pra mim
meus olhos respiram frios
e dizem sim.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
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2 comentários:
Dizer sim quando em estado "sóbrio" normal seria dizer não. Prato feito pra quem tem fome de arrependimento.
Queria Eu ser um punhado de emoções harmônicas. Não o sou. Então posso Eu, ao pensar duas vezes sobre o mesmo tema, concluir a mesma coisa? também não. Quem sabe, chegar a vários lugares, pelo mesmo caminho? Não. Mas entrego meu sangue, meu corpo e minha mente, fecho o olho e apenas sigo para onde aponta meu pronunciado nariz. É bem simples. Como andar de bicicleta. Sim o é.
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