sexta-feira, 13 de março de 2009

fui perguntar pra Nietzsche



É claro que quando escrevo não tenho a intenção de olhar o mundo como algo externo e meu lado mais egoísta tem o dever de se encaixar nele.
O planeta Terra não me envolve muito, admito que a política, os cálculos e a massa aglomerada de seres humanos não me traz recordações que posso chamar de boas.
O que me preocupa?
Dentre o clichê de urgência e a moda do movimento humanitário o mais preocupante
é fazer, sem saber que está fazendo.
A alienação se trata de um estado de consiencia que atinge a popularidade com a miséria e a "elite" com fascinação.
Por meio da fome miserável e do tédio rico e aceitável, alguém está por trás, rindo
não sei dos seus planos, não penso em algo tão grandioso
será que sou eu?
A culpa não é minha nem sua, não sei mais de nossas desculpas
não sei se temos tempo para isso, e o tempo já não é mais tão preciso
Não sei pra que servem as fórmulas quando não se tem intenção de usá-las
Não sei quem decide o que tenho que saber, e não entendo até hoje como vim a conhecer


Pode ser perseguição de minha parte, vontade de parecer algo que não é
tentação de ousar algo emocionante ou desejo de pensar com precisão;
Mas tento ser instável o suficiente para não me deixar induzir por crença
ou sentir seduzir por religião.
Seja lá o que for, teremos que concordar que desse vez o podre ultrapassou o reino da Dinamarca.
Se o fedor vem da beleza ou da tragédia, aí eu já não sei dizer.

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