domingo, 16 de setembro de 2012

Automovel

http://www.youtube.com/watch?v=O_hk8KVQ4T8&feature=endscreen&NR=1

Tem uma estrada que eu carrego nas costas
Que tem peso e beleza das gaitas de blues
É como esse sofrimento que cria o fechar
De olhos
De quem está longe de casa
Mas vê pela janela
Um mundo
Que dança,
Dança
Dança
E que se não chega a lugar algum
Ao menos tem o alvará de se dizer bonito
Essa estrada que carrego nas costas
Tem um milhão de dúvidas
Que se deliciam nas curvas do meu corpo
Nesse caminho, que fez pacto com a noite
Pode-se dizer sóbrio, sozinho
Esse automóvel que carrega minha alma
Vive cambaleante numa estrada que não para
Disfunções de um trânsito sempre livre
Diga-se de passagem
Quando canso, não há tempo
O motor bombeia vento
Que sopra firme em meus cabelos
Devagar, que gira
E aos poucos tira
Esse gole que mantém o frio
Aquele frio vazio
De quem não sabe
O que encontrar;

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