sábado, 27 de outubro de 2012

(pra ler ao som de John Lennon)



É claro que uma vez ou outra, deitaremos a cabeça pro lado, e sozinhos na cama

Percebemos que o mundo inteiro não cabe no nosso travesseiro

Nada que uns minutos de meditação e um disco do John Lennon não resolvam

Desprender-se será sempre a chave da liberdade, mas quando queremos entrar pela janela

Portas e chaves já não fazem tanto sentido

Estender-se com cheiro de flores rodeando o quarto, e entender-se apenas
No silencio

O silencio, som que se molda

Desconstruindo a solução ilusória de nunca estar só

Um todo, um toldo, um rastro

Meu grito será um eterno mantra

Buscando uma paz que não existe, um amor que não persiste
Um momento que jamais será
Mas há busca
A busca.

Nenhum comentário: