quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Medo.



Medo, medo, medo.
Repito, e finjo que olho de frente.
Mas fujo, como fujo da chuva com vontade de ficar,
de enfrentar.
Mas medo da chuva não tenho nenhum,
tenho talvez dos raios, de não ter refúgio.
Da chuva? nenhum
o escuro não leva medo a ninguém.
Só as assombrações,
o medo de ter medo,
de não ter.
Do tempo nem penso,
dele de real, só como o dia,
rotina, rotina,
banal, igual.
Normal.

Um comentário:

Soso Paskin disse...

Muito bonito o poema.

Esse quadro na minha opinião é o mais expressivo que eu conheço. toda vez que olho pra ele, consigo ouvir o desepero do homem jogando pra fora seu medo.