domingo, 25 de novembro de 2012

aRitmo

Não há desrritimia no silêncio
acentua ao abrir os olhos afundados
no marítimo desejo de mergulhar em sonhos desajeitados
meus sonhos são todos meio errados
nunca sonhei aquilo que sonham os ajustados
de cabeça para baixo o mundo se fazia mais presente
e eis que de repente
num susto me descobri
algo que não era compatível com o mundo me cobria
desnudei-me então em cores e palavras, expostas
incrustadas no ser-sujeito à mim
Ah, que tombo bom essa queda toda
mesmo as lágrimas não correram em vão
são ritmo de uma crença
dessas que criança pensa
e não suponho desacreditar
Pode-se dizer "Cuidado
não ande nos montes, não pise nos galhos"
mora embaixo da cama
é um bicho lindo
mal compreendido, que espera
sozinho e triste
um abraço de boas-vindas.

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