sábado, 3 de novembro de 2012

Beija-Flor

Quando pensava não haver nome
lhe digo que há
e há todo o resto que ganha brilho e vontade
afim de exercer sua função de ser.
O que é não há é idade
nem pro tempo nem pro reflexo incansável
e quando assim
cansares de suas palavras
não haverá mais nome pra elas
serão suspensas e iletradas
então mude de sujeito e país
troque de plano perfeito
que o seu
mantém-se por dois tris
o seu plano de tão irreal, ainda é plano
e ainda seu
e eu que não tenho plano algum
escrevo, detenho, liberto e nada
ou tudo
e nesse fluxo que detém
há uma verdade manipulada
pelo fogo
derretendo-se toda, coitada
e sequer o mapa muda de cor
qualquer rasgo e selo e carta e marca
permanece no ontem
e quem vê o agora, qual local
onde
onde todas as mensagens de elevação espiritual vão nos levar?
e se não tiver pra onde elevar?
e se não houver onde chegar?
o todo é aqui
aqui é o lugar.

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