sexta-feira, 27 de agosto de 2010


Explodo e a evidência diz que não há estranhamento quando as palavras resolvem me conter. Se não as fossem, sentiria mais frio do que sinto por estar entregue a solidão. Nessa enfermidade interminável, procuro um consolo. Detesto o calor do dia a dia, o frio é necessário para a aproximação. E mesmo nesta insistência, numa suplica silenciosa continuo com frio. Coloco mil e uma cobertas e despenco na noite gélida. Acordo querendo estar sozinha. Querendo acordar sozinha. Estando sozinha e querendo acordar. Acordando pra deixar de querer.

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