quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Trinca

Mas que arquitetura é essa, meu deus!
Que ainda ontem deixava mais verde os campos verdes
e fazia conspiração entre a corrente de todas as águas
essas que correm entre pedras, doces, sutis ou douradas.
Mas me diga que magia é essa
que afasta e desintegra corações
depois de tão desesperados
por não serem em apenas um
milhões.
Essa que me faz palpitar o sorriso
suspirar o respiro
e considerar os retratos.
Essa que faz da luz um momento
caindo leve e luva
ao sol que, embriagado
e confuso
não sabe mais se
nasce ou
se morre.
Mas que bobagem!
Que tolices essas palavras
risos são risos
e o sol será o sol
mesmo que a poesia
por fim,
acabe.

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