quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O mascarado

Vazio do cão
latindo ao fundo
da rua desabitada
que antes de repleta
era noite,
mais nada. Como agora o é
e insiste em ser
todo tempo
que o tempo passa.
Coitado dele
que segue sozinho
inabalável e continuamente
que a gente vai e fica
tem uma galáxia a nossa espreita
e uma eternidade ou casa
nos esperando.
Mas tem.
Só que nada
espera o tempo
que pena que tenho
desses culpado mascarado indecente
que esculpe á todos repentinamente
e a noite
bate sem medo
nesse silencio do tempo vazio
do som do latido
do cão ao fundo.

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