domingo, 27 de janeiro de 2013

Quero conhecer algo que ainda não conheço.

Pode ser um novo plano astral ou estado de consciência, invenção recente do amor ou da ciência
quem sabe um caminho, outro traço do destino
uma velha amiga, qualquer justificativa.
Quero conhecer o reflexo
mergulhar no inverso
outras estradas que transferem destinos
 sem se movimentar
sujar os pés em lamas nunca pisadas
e ainda com elas
massagear o rosto com sopro de ventos inventados
Vou achar a música que inspira uma obra
um novo gosto e cheiro transvestido de fruta
Encostar em outras mãos, revelar novos abraços
desvendar o mistério de mim mesma
e de todos meus personagens
um por um
os nascidos e criados.
Cuidar de um bicho doido
enlouquecer de uma loucura inédita
chorar de rir de tragédias
viver um amor de cinema
escrever uma história da vida, auto didata, didática ou biografia
partir nos inícios
aparecer em despedidas.
Dito e feito
eu suspeito do mundo
tão grande e suspenso de tudo
que sempre resta um quase
Um fio
Dito e feito um fio inventado.
Quero conhecer o que não conheço.
O resto é suspiro do passado.

Um comentário:

Mário de Oliveira disse...

"massagear o rosto com sopro de ventos inventados"
Muito bonito isso!