segunda-feira, 18 de junho de 2012

Mofo

Acho bom.
Acho ótimo.
Acho i-na-cre-di-tá-vel.
Acho também uma pena pensar tudo isso e não escrever, mas o quarto estava frio demais e o que eu fazia lá?
Sim, eu sabia, sabia muito bem, mas é claro.
Era meu aquele quarto frio, era frio aquele quarto meu.
Misturava tudo e não estava nem aí, tinha tanto livro na estante que as vezes me pegava lendo Osho e Van Gogh, A história de O e o Pequeno Príncipe e mesmo assim, tudo se mesclava e fazia sentido, ora e por-que-não.
Por que não dar um pulo lá e falar com aquele pessoal, tudo parecia assim, meio preto e azul e eu tinha muita pena, muita pena de quem não podia ser chamado de louco sonhador alucinado.
 Sempre detestei quem transcrevia texto colocando reticencias no meio [...]. Por que aquele band-aid era menos significante? Por que era de uma multinacional, é isso? É claro que você vai dizer que estou viajando, é o que você sempre diz e que se foda todos seus prólogos e historinhas desprezíveis e escatológicas.
Não, eu não quero plenitude porra nenhuma, deixa só eu sair um pouco daqui que eu te explico melhor o que aconteceu. Mas é uma pena. Que o quarto estava frio e a caneta estava longe.

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