sábado, 31 de maio de 2008

é pote de ouro ou de mel?


Era o espetáculo preferido. Depois do sol e da chuva, surgia.
Os sorrisos apareciam pela individualidade e união das cores em perfeita harmonia,
a sutileza era suficiente e o seu significado era compreendido.
Mas ao virar-se umas para as outras, se viram sozinhas e resolveram se separar.
Como separar algo que já surgiu unido? Como separar algo que é tão belo e harmonico quando está junto?
A revolta foi grande, surgiram barreiras, as cores desbotaram aos pouco e o brilho se perdeu com o egoísmo. Cada uma por si, seria assim.
O sol sabia que não daria certo, quem nasce unido não se separa. A chuva sabia que o fim seria trágico. Desaparecer, evaporar.
Mas as cores não ligaram. Foram aos poucos se desbotando, se destruindo, se enfraquecendo.
Quando restou um breve e opaco brilho final, olharam umas para as outras e viram que já era tarde demais. O arco-íris tinha morrido , sozinhas não sobreveriam.
E a escuridão reinou por falta de brilho.



Kika

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